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quarta-feira, 17 de maio de 2017

AÇÃO CONTRA MULHER DE CUNHA ESTÁ PRONTA PARA SER JULGADA.

STJ negou nesta terça-feira recurso da defesa de Cláudia Cruz para trancamento da ação.

A ação contra a jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha, está pronta para ser julgada. Os autos foram disponibilizados para sentença do juiz Sergio Moro no início da tarde desta terça-feira. Pela manhã, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, negar recurso apresentado pela defesa de Cláudia, que pedia o trancamento da ação, com base em relatório do ministro Félix Fischer. Na semana passada, Fischer negou três recursos da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, que tentavam adiar o depoimento a Moro.
O STJ considerou lícitas as provas enviadas pela Suíça, um dos principais argumentos da defesa para tentar trancar a ação contra Cláudia. Para os ministros, não vale o argumento de que as contas estavam em nome da jornalista e, por isso, não havia intenção de ocultar, pois elas foram abastecidas por recursos ilegais e, ao usar as contas da mulher, a intenção do ex-deputado era justamente dar aparência de legalidade à movimentação dos recursos.
Os ministros decidiram não julgar o pedido da defesa para rever o valor do dano, estabelecido em US$ 10 milhões pelo Ministério Público Federal - ou R$ 36 milhões.
Nas alegações finais a Moro, a defesa de Cláudia Cruz apresentou ainda um novo argumento: gastos com produtos, ainda que de luxo, não podem ser confundidos com lavagem de dinheiro, pois eles não se configuram "ativos" que se incorporam ao patrimônio.
Cláudia responde por lavagem de dinheiro em ação que vincula desvios de dinheiro da Petrobras na compra de bloco de exploração de petróleo em Benin, na África. O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada, afirmou em suas alegações finais que o Ministério Público Federal não conseguiu fazer o "caminho do dinheiro" e, portanto, não pode ser condenado. O MPF apenas indicou que ele tem cerca de 11 milhões de euros bloqueados em conta no Principado de Mônaco, mas não apresentou dados de quem fez os depósitos.

Fonte: Cleide Carvalho/O Globo

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