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quinta-feira, 18 de maio de 2017

SENADORES REAGEM S DENÚNCIAS CONTRA TEMER APÓS GRAVAÇÕES DA JBS.

O Senado ficou atônito com as revelações contidas na delação dos donos da JBS contra o presidente Michel Temer, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), entre outros, mostradas pelo GLOBO. A Casa acabara de aprovar o projeto de renegociação da dívida dos estados quando a notícia foi divulgada e o presidente do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), ainda quis continuar os trabalhos.
Aécio Neves (PSDB-MG) foi avisado das informações por assessores quando ainda estava dentro do plenário. O tucano leu em um celular a matéria divulgada no jornal O GLOBO, fez uma ligação e deixou rapidamente o plenário, por uma saída lateral. Até o momento, o senador tucano não se manifestou. Logo depois, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) leu a notícia no microfone em plenário e anunciou que o PT pedirá o impeachment de Temer. Eunicio continuou a sessão por mais alguns minutos, tentando ignorar o tema, mas o plenário foi sendo esvaziado e os trabalhos foram encerrados.
Já o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), estava conversando tranquilamente no cafezinho do Senado quando soube da notícia. Renan disse que prefere esperar os fatos “decantarem” antes de comentar, mas ressaltou que o momento é “complexo” e que a série de crises pelas quais passa o país traz imprevisibilidade e pode ter repercussões inimagináveis.
– Tem que deixar decantar, eu não gostaria de comentar agora. É um momento complexo, tem que ter equilíbrio e calma. É uma imprevisibilidade muito grande. As coisas que têm acontecido são inacreditáveis e podem ter repercussões inimagináveis – afirmou Renan.
Ao deixar o plenário, Eunicio disse que não cabe a ele comentar esses fatos.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que seria “prematuro” fazer comentários neste momento, mas disse que o embate político a partir dessas informações é esperado. Para Jucá, no entanto, isto não deve afetar a votação das reformas da Previdência e trabalhista no Congresso.
– Não tenho nenhuma informação sobre essa questão, então seria prematuro qualquer tipo de comentário. Vamos aguardar para verificar e depois comentar a partir do momento que a gente tiver informação. Não falei com o presidente ainda. Mas não atrapalha as reformas. As reformas serão votadas porque são prioridades para o país. A reforma trabalhista está caminhando bem no Senado, a da Previdência está evoluindo no seu convencimento na Câmara. Portanto, o cronograma da reforma continua – afirmou o líder, completando:
– A consequência política é um embate político. A oposição está querendo pedir processo de impeachment, é uma discussão a ser feita. É prematuro qualquer comentário porque não conheço os autos, não sei de que se trata, não se sabe que tipo de fita, que tipo de perícia. Não dá para comentar algo no escuro – disse Jucá.
O líder do governo afirmou se tratar de uma denúncia “de tantas que estão sendo publicadas” e destacou que o PT estaria descredenciando algumas dessas delações. Para o senador, “tudo deve ser investigado”.
– Considero que é uma denúncia, de tantas que estão sendo publicadas. De delações às dezenas que estão sendo publicadas. Algumas delas, a maioria das delações, o PT está descredenciando. Se há delação que envolve o governo, ela é válida; se envolve o PT, não é válida. O processo é seletivo. Tudo deve ser investigado. Quem vive na vida pública, tem que dar explicações. Daí inferir outras questões, há uma distância grande – afirmou Jucá.

Fonte: Júnia Gama - O Globo/Extra

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