Cristiano Zanin divergiu parcialmente do relator da ação no Supremo, ministro Gilmar Mendes
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para declarar inconstitucional uma lei do município de Votorantim, no interior de São Paulo, que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas da cidade.
Gilmar, que é o relator da ação no Supremo, foi acompanhado em seu entendimento pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Dias Toffoli.
Já o ministro Cristiano Zanin divergiu parcialmente do relator. Apesar de o magistrado acompanhar Gilmar na ideia de que o artigo 2º da lei (veja detalhes abaixo) tenha sua nulidade parcial reconhecida, ele argumenta que os artigos 1º, 4º e 5º não devem ser considerados inconstitucionais.
O julgamento, que teve início no plenário virtual da Corte na última sexta-feira (1º), se estenderá até o próximo dia 11.
Restam ainda os votos dos ministros André Mendonça, Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques.
Entenda o que está em julgamento
A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), movida em conjunto pela Aliança Nacional LGBTI+ e Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), questiona uma lei municipal de Votorantim, no interior de São Paulo, que proíbe o uso da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas da cidade.
Em junho, o Supremo suspendeu leis municipais semelhantes de Águas Lindas de Goiás (GO) e Ibirité (MG).
Na ocasião, todos os integrantes da Corte seguiram o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes. O STF entendeu que não compete aos municípios legislar sobre conteúdo pedagógico.
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Fonte: Lucas Schroederda/CNN
Foto: Antônio Augusto/STF
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