Policiais militares são acusados de extorsão e corrupção em Nova I
A operação, batizada de “Segreto“, foi deflagrada em parceria com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro após denúncias de que os PMs cobravam “taxas de proteção” de comerciantes locais. A investigação também identificou que os agentes deixaram de atender a uma ocorrência para seguir a agenda de extorsão, apelidada de “tour da propina”.
Segundo a denúncia apresentada pelo MPRJ, 22 policiais foram acusados de envolvimento no esquema, mas um deles não foi preso por estar fora do estado em férias. O modus operandi do grupo incluía visitas periódicas a estabelecimentos comerciais, onde recolhiam dinheiro de forma ilícita, caracterizando corrupção passiva e associação criminosa.
De acordo com o MPRJ, os agentes ignoraram o uso obrigatório das câmeras corporais (COPs), omitindo a captura de imagens que pudessem registrar as extorsões. Conforme detalhou a tenente-coronel Cláudia Moraes, porta-voz da PM, os policiais deixavam de usar as COPs ou tentavam ocultá-las, uma prática considerada falta grave pela corregedoria.
As investigações foram impulsionadas por uma denúncia anônima que apontava a coleta de propina em um centro de reciclagem clandestino na região. Com base nos indícios, a corregedoria intensificou o monitoramento dos agentes envolvidos, confirmando o padrão de extorsão em outros pontos comerciais da área, como depósitos de gás, ferros-velhos e hortifrutis.
A ação do grupo, que atuava nas sextas-feiras, não se restringia a dinheiro: eles também eram vistos recolhendo produtos como engradados de cerveja e frutas em alguns locais.
Fonte: Alexandre Borges/O Antagonista
Foto: Reprodução
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