Ao menos dois homens estavam envolvidos no esquema, que prometia o documento sem necessidade de exames obrigatórios
O esquema envolvia a promessa de facilitação na emissão da CNH. Os criminosos tinham como alvos pessoas que já haviam sido reprovadas em exames de habilitação. O suspeito de 47 anos, ligado a uma autoescola, era o responsável pela captação de vítimas, garantindo que elas obteriam o documento sem cumprir as exigências estabelecidas pelo órgão de trânsito.
Ele afirmava contar com o apoio de um agente público, o segundo investigado, de 52 anos, que se apresentava como funcionário do órgão de trânsito, agregando credibilidade ao esquema. De acordo com o delegado Érico Henrique Resende Rodovalho, responsável pela operação, o grupo atuava de forma coordenada para enganar as vítimas, recebendo valores substanciais sem nunca entregar a CNH prometida.
As investigações apontam que a dupla replicava o golpe da mesma maneira com cada vítima, alegando que o documento estava em processamento enquanto arrecadavam quantias significativas. Em alguns casos, as vítimas eram idosas, o que agrava a pena por estelionato conforme o Código Penal.
Ao todo, 18 vítimas já foram ouvidas, e o prejuízo causado pelo esquema foi estimado em cerca de R$ 64 mil. Conforme ressaltou o delegado, o impacto do golpe vai além do prejuízo financeiro das vítimas, afetando também a confiança pública no sistema de habilitação e o próprio conceito de justiça. "Esse é um crime que afeta não apenas as vítimas diretamente envolvidas, mas também a sociedade como um todo, ao minar a credibilidade do sistema de habilitação e o próprio conceito de justiça", explicou.
Denúncias e continuidade das investigações
A Polícia Civil orienta outras possíveis vítimas a procurarem a Delegacia Regional em Patos de Minas, situada na Rua dos Carajás, 461, no bairro Caiçaras, para formalizar as denúncias. A Polícia Civil mantém as investigações em andamento para identificar outros envolvidos na rede de fraudes e avaliar a possibilidade de novas vítimas.
O indiciamento dos dois suspeitos foi realizado com base no artigo 171 do Código Penal, que tipifica o crime de estelionato. Eles seguem com a prisão preventiva decretada, aguardando os desdobramentos legais. A polícia reforça que a participação da população na denúncia de fraudes é essencial para coibir práticas semelhantes.
Fonte: O Tempo
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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