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segunda-feira, 10 de julho de 2017

ZVEITER COMPROMETE TEMER EM RELATÓRIO TÉCNICO: "CRISE GRAVE".

A cúpula do PSDB, após a leitura do relatório, reuniu-se para decidir se votará, ou não, contra o governo. E para avaliar se a aceitação da denúncia será suficiente para a legenda deixar a base aliada.

O parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentado na tarde desta segunda-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), foi favorável à aceitação da denúncia contra o presidente de facto, Michel Temer, por corrupção passiva. O relatório de Zveiter teve caráter técnico e fortes argumentos jurídicos, sem juízo político da conduta de Temer, tornando difícil que os integrantes da CCJ votem contra o parecer.
– Crime grave – afirmou Zveiter, ao afirmar que a denúncia, ao contrário do que afirma a defesa de Temer, era inepta.
A cúpula do PSDB, após a leitura do relatório, reuniu-se para decidir se votará, ou não, contra o governo. E para avaliar se a aceitação da denúncia será suficiente para a legenda deixar a base aliada.
Na noite passada, Temer convocou líderes aliados para discutir sua estratégia. O ambiente é tenso no Palácio do Planalto
Críticas ácidas
Líder da bancada do PMDB no Senado até o final de junho, Renan Calheiros (AL), foi mais objetivo quanto à situação do governo do correligionário. Ele disse a jornalistas, nesta segunda-feira, que “ninguém aguenta mais o governo”. Ele aponta o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como possível condutor da “inevitável travessia”.
Apesar de ser do partido de Michel Temer, o senador bate de frente com o correligionário e é um dos principais críticos da reforma trabalhista.
— Querem tirar de qualquer forma o piloto porque a turbulência está cada vez mais insuportável, ninguém aguenta mais — afirma o senador.
Renan comparou o governo de Michel Temer a um filme de terror.
— Mas a política nunca esteve tão caótica e a economia continua desfalecendo. O governo parece um filme de terror. As pessoas foram ver um entretenimento e estão saindo desesperadas com um filme pavoroso. Foram ver o Batman e o Charada dominou a cena — comparou.
Renan falou ainda sobre a gravidade das denúncias contra Temer.
— Não vou entrar na denúncia, nessa agenda, porque eu entendo que todos os governos, em algum momento, sofrem esse tipo de acusação em algum grau. Eu sei que é isso que mais indigna a população, mas se eu quiser fazer uma análise mais distante, mais isenta, com mais vontade de colaborar, a minha obrigação é de olhar as coisas com um distanciamento histórico. Portanto, nunca convivi com fatos tão graves. Com tantas pessoas presas, outras desesperadas se oferecendo para delatar. Pela gravidade, esse parece ser um caminho sem volta. Essa denúncia é séria. Vai ser entendida como tal pela Câmara dos Deputados — afirmou

Os próximos passos:
Nesta segunda-feira (10/7)
• Relator da denúncia, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresenta seu parecer na CCJ
• Após a leitura do relatório, a defesa de Temer tem direito a falar pelo mesmo tempo que Zveiter gastar para ler seu relatório
• É possível que algum deputado peça vista, o que suspenderá a tramitação por duas sessões
De quarta-feira em diante (12/7)

• A comissão é retomada à tarde com o início dos debates. Têm direito a falar os 66 membros titulares da CCJ, bem como os 66 suplentes, cada um por 15 minutos
• Também falam 40 não membros (20 a favor da denúncia e 20 contra), cada um por 10 minutos
• Líderes partidários podem se manifestar
Encerrados os debates 

Tem início a votação nominal no painel eletrônico. O parecer é aceito ou rejeitado por maioria simples -ao menos 34 votos
• Se o parecer do relator for aprovado, ele é levado para votação no plenário
• Se o parecer do relator for rejeitado, o presidente da CCJ designa um novo relator para fazer um parecer de acordo com a vontade da comissão
Em Plenário 

• O parecer da CCJ passará por discussão e votação nominal no plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado por pelo menos 2/3 dos deputados, a decisão é comunicada ao STF.

Fonte: Correio do Brasil

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