Operadora de plano de saúde está no centro da CPI que investiga o combate à pandemia de Covid no país
Com receio de que suas unidades sejam alvo de depredação, a empresa Prevent Senior cobriu com sacos plásticos os letreiros da fachada de ambulatórios próximos à avenida Paulista, onde ocorre uma manifestação neste sábado (2) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) .
A operadora de saúde confirmou ter coberto a identificação do Núcleo de Oftalmologia, na alameda Campinas, no Jardim Paulista, para evitar prejuízos financeiros com uma possível depredação da fachada. Também foi coberto o letreiro da unidade que fica na alameda Santos.
Na quinta (30), a sede da empresa foi alvo de uma manifestação. O movimento Levante Popular jogou tinta vermelha na fachada da sede da empresa, na rua Brigadeiro Luís Antônio, na região central da capital. Os manifestantes também levaram cartazes com os dizeres “óbito não é alta” e “Bolsonaro Genocida”.
O letreiro da sede da empresa também foi retirado, mas, segundo a assessoria, para que fosse limpo.
A operadora de plano de saúde está no centro da CPI que investiga o combate à pandemia de Covid-19 no país. A empresa é acusada de ter administrado sem consentimento medicamentos sem comprovação científica contra o coronavírus em pacientes que buscaram atendimento em suas unidades.
Os remédios que fazem parte do “kit Covid” se tornaram bandeira do presidente Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, o que é hoje um dos flancos de apuração pela CPI.
A Prevent Senior também é acusada de adulterar o registro de casos de coronavírus atendidos na rede.
Pacientes ilustres, como o infectologista Anthony Wong e a mãe do empresário Luciano Hang, Regina Modesti Hang, morreram por complicações da Covid-19, mas o diagnóstico não consta nos respectivos prontuários médicos e atestados de óbito.
Fonte: Folha de SP
Foto: Folhapress
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