Presidente não deu detalhes sobre a solução alternativa, caso PEC dos precatórios não seja aprovada. E voltou a dizer que o mercado fica 'nervosinho'
Em uma rápida entrevista na porta da embaixada brasileira em Roma, logo após participar da abertura do G-20, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o "mercado precisa entender que se o Brasil for mal, ele vai se dar mal também". Disse ainda que tem um plano B para o Auxílio Brasil — programa social que vai substituir o Bolsa Família —, caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada. Mas não deu detalhes.
— Parece até que somos um time jogando contra o outro. Estamos no mesmo time. O mercado, toda vez nervosinho, atrapalha em tudo o Brasil — disse o presidente ao responder uma pergunta sobre o risco de a PEC dos precatórios não ser aprovada.
Caso isso aconteça, disse, o programa Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família e que prevê contribuição de R$ 400 mensais, ficará comprometido.
— Se for pagar essa dívida [dos precatórios], os ministérios praticamente ficam sem recursos para 2022 — disse.
Sem detalhar, ele afirmou que tem uma alternativa:
— Sou paraquedista, sempre temos um outro paraquedas de reserva.
O presidente ainda comentou sua participação no primeiro dia de cúpula do G-20. Sobre o plano dos líderes de aumentar a vacinação e garantir doses de forma equânime para todos os países, ele afirmou que não iria comentar para não ser mal interpretado.
— Outros chefes de Estado falaram, me plagiando, mas tudo bem, que teríamos que conviver com o vírus muito tempo. Outros dizendo que a vacina tem que ser um bem universal, sem lucro em cima dela. Não vou dar juízo de valor de minha parte. O Brasil fez seu dever de casa e não mediu esforços para atender os mais necessitados.
Fonte: O Globo
Foto: Alan santos
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