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segunda-feira, 19 de junho de 2017

FAVORITA PARA SUDECER JANOT, RAQUEL DODGE AFIRMA QUE ATUARÁ PARA QUE "NINGUÉM ESTEJA ABAIXO DA LEI".

Ela é apoiada por lideranças do PMDB, incluindo José Sarney e Renan Calheiros, investigados na Lava-Jato.

Considerada favorita para substituir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a subprocuradora Raquel Dodge afirmou, em debate nesta segunda-feira, que a Operação Lava-Jato “tem demonstrado que ninguém está acima da lei” e que, se for escolhida para o cargo, atuará também “para que ninguém esteja abaixo da lei”.
— O momento é ímpar na vida nacional. O combate ao crime organizado e à corrupção desenvolvido no âmbito da Lava-Jato revelou aos brasileiros a perspectiva de um país em que a lei valha para todos, e no qual a Justiça e o Ministério Público promovem a aplicação da lei para obter resultados concretos celeremente. Não podemos regredir nem titubear. A Lava-Jato tem demonstrado que ninguém está acima da lei. Atuarei também para que ninguém esteja abaixo da lei — disse ela, em debate no Rio com os outros sete candidatos.
Perguntada, Raquel negou, em entrevista após o debate, que estivesse fazendo referência a supostos abusos da Lava-Jato:
— Ninguém acima da lei, na perspectiva de que o Direito Penal não puna executores e intermediários e poupe mandantes. Mas também ninguém abaixo da lei, na perspectiva de que nenhum brasileiro, mesmo esse em situação de extrema desigualdade e miséria, esteja abaixo do alcance da lei, que assegura a ele direitos públicos fundamentais.
A subprocuradora é tida como certa entre os três primeiros colocados na disputa interna que vão compor a lista a ser encaminhada ao presidente Michel Temer. Ela conta ainda com forte apoio de três peemedebistas: o ex-presidente José Sarney, o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (AL) e o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio (PR). Os dois primeiros são investigados pela Lava-Jato. Também já teriam manifestado preferência por Raquel o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem criticado supostos abusos do Ministério Público e da Polícia Federal.
— Não procurei o ministro (da Justiça) Torquato Jardim ou Gilmar Mendes para que apoiassem meu nome. Tenho definido minha estratégia de campanha me dirigindo internamente à classe. Em outra oportunidade, caso eu entre na lista (tríplice), esse contato será necessário, não exatamente com essas pessoas, mas com certeza com o ministro da Justiça — disse Raquel, ao ser provocada pelo subprocurador Eitel Santiago.
As eleições internas para a escolha do novo procurador-geral da República estão marcadas para o próximo dia 27. A partir de uma lista tríplice, o presidenteda República deverá indicar um nome. A nomeação depende de aprovação em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado. Além de Raquel e Santiago, disputam o cargo os subprocuradores Nicolao Dino, Mario Bonsaglia, Ela Wieko, Sandra Cureal, Carlos Frederico e Franklin Rodrigues.
Apesar de ser a preferida de peemedebistas para ocupar a vaga de Rodrigo Janot, Raquel não é a favorita de Temer. Ele teria uma ligeira preferência por Bonsaglia, outro nome praticamente assegurado na lista tríplice. Mas, fragilizado pelo inquérito em que é investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução de justiça, o presidente estaria disposto a ceder à pressão dos aliados que, até aqui, têm sido essenciais para a permanência dele no cargo. Na avaliação de interlocutores de Temer, Raquel não teria a mesma combatividade de Janot mas, para o presidente, guardaria ainda um certo grau de imprevisibilidade.
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Fonte: Fernanda Krakovics - O Globo

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