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quarta-feira, 23 de julho de 2025

TARIFAÇO DE TRUMP PODE AFETAR PELO MENOS 125 MIL EMPREGOS NO CEARÁ

Com menos exportações, empresas podem reduzir quadro de funcionários.

A pouco mais de uma semana para o início da cobrança de 50% de tarifa sobre os produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos, a preocupação cresce entre os setores econômicos, principalmente em relação ao mercado de trabalho. Segundo representantes setoriais, pelo menos 125,5 mil trabalhadores atuam nos três segmentos mais impactados do Ceará.

A avaliação é de que, caso esse tarifaço seja mantido, as exportações cearenses sofrerão queda, podendo levar à suspensão temporária de contratos e demissões. O setor com maior valor para os EUA é o da siderurgia, cujos envios superaram R$ 1,3 bilhão no primeiro semestre de 2025. A produção ocorre, principalmente, no Complexo do Pecém. 

“O impacto da redução dos empregos, com a retração dos negócios, pode atingir 10% das vagas a curto prazo [cerca de 2 mil empregos]”, afirma Cesar Barros, presidente da entidade.

Cesar afirma que o setor deve buscar mercado alternativos para exportar aço, alumínio e outros produtos manufaturados, como o de países asiáticos. “É um alerta. Precisamos fortalecer nossa indústria internamente, buscar novos mercados, e trabalhar junto ao governo por respostas diplomáticas e estruturais”, afirma. 

O temor também atinge a produção calçadista cearense, que emprega 69 mil trabalhadores e representa 30% da produção brasileira. De janeiro a maio, as fábricas calçadistas cresceram seu quadro de empregos em 6%, na comparação com ano passado. 

O Ceará é o segundo maior exportador de calçados brasileiro, atrás apenas do Rio Grande do Sul, destaca a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). 

No primeiro semestre de 2025, foram enviados R$ 100 milhões em pares aos Estados Unidos, o principal destino dos calçados cearenses. A Abicalçados destaca que a taxação de 50% deve interromper a alta nas exportações.  

Nesse contexto, na última segunda-feira (14), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estimou que o Brasil deverá perder pelo menos 110 mil postos de trabalho devido ao impacto da medida.

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Fonte: Diário do Nordeste

Foto: Rayane Oliveira/Fiec

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