Gravações antigas revelam uma realidade chocante, mas recorrente na política brasileira: parlamentares flagrados recebendo dinheiro vivo, supostamente propina, que acabam não sendo punidos. Em diversos casos, mesmo com vídeos nítidos, a Justiça decide arquivar os processos alegando "falta de provas complementares".
Entre os exemplos mais conhecidos estão os vídeos da delação do ex-governador Silval Barbosa, de Mato Grosso, que mostraram deputados estaduais enchendo mochilas com maços de dinheiro; e o caso da ex-deputada Jaqueline Roriz, filmada recebendo R$ 50 mil em espécie, que acabou absolvida pelo Conselho de Ética da Câmara.
Outros escândalos, como o dos "Anões do Orçamento", a Operação Furna da Onça no Rio e as delações da Odebrecht na Lava Jato, também envolvem denúncias com registros visuais ou documentais de pagamento de propina a parlamentares. Ainda assim, muitos terminaram sem condenação ou sequer chegaram a julgamento.
A recorrência desses arquivamentos gera indignação popular e levanta suspeitas sobre a seletividade do sistema judiciário. No Brasil, o crime compensa desde que você use terno e tenha amigos influentes.
As imagens continuam circulando, mas a sensação é clara: a Justiça brasileira não é cega; ela apenas escolhe quando fechar os olhos.
Fonte: Campos Expresso
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.