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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

VEREADOR É PRESO EM OPERAÇÃO CONTRA ESQUEMA DE AGIOTAGEM

Dois PMs também foram presos na Operação Barreira Petrópolis, da Polícia Civil e do MPRJ.

O vereador de Duque de Caxias Carlos Augusto Pereira Sodré, o Carlinhos da Barreira (MDB), foi preso nesta sexta-feira na Operação Barreira Petrópolis. Segundo a força-tarefa da Polícia Civil do RJ e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Carlinhos chefia uma quadrilha de agiotas que praticam extorsão.

Carlinhos também foi denunciado por lavagem de dinheiro e fraude à licitação. O vereador está no terceiro mandato consecutivo e foi o terceiro mais votado nas eleições de 2020.

Também foram presos os PMs Ricardo Silva dos Santos e Carlos Alexandre da Silva Alves.
“O vereador recebeu, nas diversas contas bancárias mantidas por ele e por sua empresa, vários depósitos que somaram R$ 62 milhões, mesmo sem possuir receitas legais e declaradas que justificassem tamanha movimentação financeira”, afirmou o MPRJ.

De acordo com as investigações, Carlinhos da Barreira emprestou, em 2019, R$ 1 milhão a um empresário do setor de compra e venda de automóveis. Em contrapartida, o vereador exigiu 3,5% mensais a título de juros.

Segundo a denúncia, um ano depois, quando o empresário não conseguiu honrar o compromisso, Carlinhos acionou os PMs Ricardo e Carlos Alexandre para ameaçá-lo de morte.
Em um ano de investigações, a força-tarefa também descobriu que Carlinhos da Barreira usou a sociedade empresária Sodré Serviços de Transportes e Locação de Máquinas e Equipamentos para lavar capitais. Em cinco anos, o vereador movimentou R$ 70 milhões.

A denúncia oferecida à Justiça relata a prática de fraude à licitação por parte do vereador. “A Madasa Comércio e Locações de Máquinas e Veículos manteve vínculo contratual com a Prefeitura de Duque de Caxias de 2013 a 2016, tendo repassado à empresa do vereador o montante de R$ 8.546.367,56, em 109 diferentes operações bancárias”, afirma o MPRJ.

Outras três empresas — a TGM Locação de Máquinas e Equipamentos, a V.F. da Rosa Refeições e a Hashimoto Manutenção Elétrica e Comércio —, também celebraram contratos administrativos com a Prefeitura de Duque de Caxias, entre 2017 e 2018, e repassaram R$ 4.193.624,62 para as contas da Sodré Serviços.
“As investigações também apontaram que, entre janeiro de 2015 e agosto de 2020, Carlinhos da Barreira dissimulou, de forma reiterada, a origem de R$ 62.360.738,52, provenientes das práticas criminosas denunciadas”, detalhou o MPRJ.

A 1ª Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado também expediu 17 de busca e apreensão. Um deles foi cumprido na Câmara de Vereadores de Caxias.
Equipes também foram para endereços em Guapimirim e na Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

A operação é uma parceria da 105ª DP (Petrópolis) com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

Fonte: G1
Foto: Reprodução

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