Em entrevista ao RN No Ar desta quinta-feira (21), o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, reforçou a importância da vacinação no combate à covid-19.
Ele ainda criticou o negacionismo que foi instaurado após o início da campanha de imunização contra a doença.
Ele citou ainda a análise feita pela secrataria, que apontou que 64% dos pacientes internados no RN não haviam tomado a vacina. “É muito importante que as pessoas que não tomaram a D2 ou a D3 possam procurar as unidades de saúde. As análises entre as pessoas internadas mostram a maior proporação para pessoas que não tomaram a vacina ou não completaram o esquema vacinal. Isso é muito crítico”, avaliou.
De acordo com os dados do RN Mais Vacina, mais de 190 mil pessoas não foram às unidades de saúde para tomar a segunda dose do imunizante e estão com o esquema em atraso. Sobre isso, Maia fez outro alerta.
“Tivemos nas últimas semanas a piora nos indicadores de alguns municípios. Isso exige um alerta por parte desses municípios, inclusive para adotar medidas mais restritivas para que a gente possa manter o controle da situação, mantendo uma estabilidade baixa de casos e de internações”, pontuou.
O secretário ainda falou sobre o negacionismo em torno da eficácia dos imunizantes e criticou posicionamentos contrários às vacinas. “Alguns seguiram para o negacionismo, desacreditando na vacina, criando teorias conspiratórias que não passam de utilização política de uma coisa que é muito séria como a saúde pública”, frisou.
“A história da vacina tem dois séculos. Os resultados das vacinas no controle das doenças são evidentes. Então, essas teorias não podem ser levadas em conta. Temos que proteger a saúde da população. Nós temos riscos em quaisquer vacinas, mas a doença causa muito mais sequelas”, finalizou.
Sobre a liberação do uso de máscaras, Cipriano Maia destacou que é necessário levar em consideração elementos epidemiológicos e do contexto de saúde para que “a gente não leve as pessoas a correr risco”. “Se eu tenho 90% de pessoas que se vacinaram e 10% que não, se a transmissão continuar se fazendo mesmo por pessoas vacinas, essas pessoas que não tomaram vão correr risco de casos graves, internação e óbito”, explicou.
“O sentido principal da vacinação é a proteção coletiva. Por isso estamos intensificando a vacinação nos adolescentes”, completou.
Por volta das 11 horas da manhã desta quinta-feira (21), o Rio Grande do Norte tinha 37,9% dos leitos críticos ocupados. No Oeste Potiguar, a taxa era de 40,9%, a maior do estado. Já na Região Metropolitana de Natal, 38,9% dos leitos estavam sendo utilizados. No Seridó, o número era de 16,7%.
Fonte: Blog da GL
Foto: Reprodução
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