Chegando a quase um ano da campanha de vacinação contra o coronavírus, o Brasil está prestes a alcançar 50% da população com as duas doses da vacina.
De acordo com reportagem do portal Exame, os dados são otimistas, mas países que começaram a imunização mais cedo enfrentam uma nova onda de casos por conta daqueles que se recusam a se vacinar.
O mesmo pode acontecer no Brasil? Foi esta dúvida que motivou uma pesquisa desenvolvida pela Consultoria de Data Science, Ilumeo, chamada Delfos Vacinas, feita em parceria com a Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), que aponta quais as preferências e atributos de marca que mais impactam na hora da imunização.
CoronaVac e AstraZeneca são as mais rejeitadas
Apesar de serem as primeiras marcas que vêm à cabeça dos participantes (36% e 30%, respectivamente), a CoronaVac e a AstraZeneca são os imunizantes mais rejeitados pelo mesmo grupo.
A vacina da chinesa Sinovac, fabricada pelo Instituto Butantan no Brasil, figura no topo da rejeição, com 15% menos preferência e 7% mais rejeitada, seguida pela da AstraZeneca com 19% menos preferência e 4% mais rejeitada.
A CoronaVac tem pouca confiança por ser vista como um imunizante de menor eficácia em comparação com os outros. A informação é exagerada, porque a vacina chinesa protege tanto quanto as outras. Ela é eficiente para casos graves e, de acordo com estudo, é a que mais previne mortes.Já o medo em volta da AstraZeneca é por conta dos raros efeitos colaterais. A formação de coágulos sanguíneos em alguns vacinados levou até ao interrompimento da distribuição do imunizante na Europa no meio deste ano, mas foi retomada após cientistas confirmarem a raridade do efeito colateral.
A ocorrência foi de 1 caso a cada 250.000, ou taxa de 0,0004%. Em comparação, para mulheres que usam anticoncepcional oral, o risco de desenvolver tromboembolismo venoso é 4 a 6 vezes maior do que as que não fazem uso do remédio.
Os imunizantes da Pfizer e da Janssen dominam a preferência dos brasileiros, com 17% de aprovação e somente 1% de rejeição cada. São bem aceitas no Brasil por serem usadas em países como os Estados Unidos e, no caso da Janssen, por ser de dose única.
Quem não quer vacinar?
O levantamento mostrou que oito em cada dez respondentes não rejeitariam nenhuma vacina, apesar de possivelmente preferirem uma ou outra. Já 42% das pessoas entre 25 a 34 anos são os que mais rejeitam a vacina contra a covid.
Fonte: Brasil 247
Foto: Getty Images
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