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terça-feira, 6 de junho de 2017

FALTA ALGUMA COISA NESSA DELAÇÃO.

Joesley gravou conversas com Temer e Aécio, mas não entregou documentos que comprometem Lula.

Até agora o professor Michel Temer não renunciou à Presidência para resolver a crise criada com as delações premiadas dos irmãos Batista, principalmente Joesley, da Friboi. Ao resistir, tem amealhado a cumplicidade de antigos adversários frouxos, hoje ferrenhos aliados, do que foi, durante a roubalheira nos três governos e meio de Lula e Dilma, do PT, em associação com o PMDB, o soit-disant maior partido da oposição. Era tudo mentira, fingimento. Hoje o PSDB é acusado, e com evidências bastante lógicas e sólidas, de ser sócio no descalabro e companheiro na derrocada da imagem que o tem tornado um bando de párias eleitorais.
Conforme relatou a repórter Isadora Peron, da Sucursal do Estado em Brasília, ministros tucanos se reuniram domingo com Temer no Palácio do Jaburu para lhe garantir que o partido, “por ora”, vai continuar na base aliada. A permanência do PSDB no governo dá fôlego a Temer, que enfrenta nesta semana o início do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode levar à cassação do seu mandato. Participaram do encontro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades), que deu o voto decisivo para sacramentar o impeachment de Dilma e chegou a ameaçar entregar o cargo no dia em que a delação dos empresários do Grupo J&F veio a público. Segundo um dos ministros, a reunião da Executiva do partido foi marcada para quinta-feira 8, mas terá como objetivo fazer uma “análise de conjuntura”, e não decidir se o PSDB deixará o governo. Na semana passada, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), havia anunciado que a cúpula da legenda se reuniria na terça-feira 6 para definir uma posição em relação ao governo. Na mesma ocasião, Pauderney Avelino (DEM-AM) deixou claro que seu partido seguirá a decisão, que, na verdade, não configura nenhuma “escolha de Sofia”. Os tucanos continuarão em cima da muralha do oportunismo e o DEM, à sombra dela.
Na Câmara, a bancada tucana, com 46 deputados, está dividida. Uma eventual saída do partido da base, entretanto, depende do aval da Comissão Executiva. Ou seja, ela cumpre o papel histórico da legenda de repetir o ser ou não ser do príncipe Hamlet da Dinamarca. E, jogando no lixo sua promessa eleitoral de representar parte da sociedade que esperava deles a resistência contra os ladravazes da República, seus parlamentares aderiram à resistência de Temer mantendo o apoio ao governo zumbi, sem moral alguma para exercer a autoridade que lhe compete, num abraço cego, surdo e loquaz de afogados insensíveis e mentirosos, que mantém a Nação vítima de sua desumana aliança apodrecida, mas também inquebrantável.
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Fonte: José Nêumanne/O Estadão

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