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terça-feira, 6 de junho de 2017

ANÁLISE: A MÃE DE TODAS AS CRISES.

Pesquisador do Ipea comenta os principais pontos do Atlas da Violência 2017, divulgado nesta segunda-feira, 5, e pede maior esforço para combater o problema.

Em uma média de apenas três semanas, o número de assassinatos no Brasil supera o total de vítimas fatais em todos os ataques terroristas no mundo, nos cinco primeiros meses de 2017 - que envolveram 499 atentados, resultando em 3.343 vítimas. Enquanto essas mortes nos outros países geram uma onda internacional de solidariedade e fazem com que os governos dediquem os maiores esforços para a prevenção de novos ataques, os 60 mil homicídios que aqui acontecem a cada ano nem dão mais manchetes de jornal e sequer tiram uma hora de sono das autoridades.
Por que naturalizamos o homicídio, quais as implicações desse fenômeno e quais caminhos temos pela frente foram algumas das questões que perpassaram as análises do Atlas da Violência 2017, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
No Atlas da Violência de 2017, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, é considerado o mais violento
No Atlas da Violência de 2017, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, é considerado o mais violento Foto: Tiago Queiroz/Estadão
O primeiro fato a notar é que as vítimas, na maioria esmagadora das vezes, são jovens, negros, com baixa escolaridade e moradores da periferia das grandes cidades. Em 2015, de cada 100 pessoas que sofreram homicídio 71 eram negras, 54 eram jovens e 73 não possuíam o fundamental completo. Ou seja, além de pertencerem a um grupo social com baixa capacidade de vocalização e pressão política, no país das abissais desigualdades e do racismo histórico, não despertam o sentimento de identificação do resto da sociedade, mas sim de estigma: se morreram é porque eram bandidos. E muitos ainda completam que "bandido bom é bandido morto".
VEJA MATÉRIA COMPLETA AQUI

Fonte: Daniel Cerqueira/O Estado de São Paulo

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