Pelo menos 115 mil profissionais de saúde morreram de Covid-19 desde o início da pandemia, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (24), em reunião bilateral com o Ministro do Interior e da Saúde da Suíça, Alain Berset, paralelamente à abertura da 74ª Assembleia Mundial da Saúde na sede da OMS, em Genebra, Suíça
— Muitos se infectaram e, embora os relatórios sejam escassos, estimamos que pelo menos 115 mil profissionais de saúde e de cuidados pagaram o preço final em serviço de outros — acrescentou, no início da reunião anual da organização.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que o mundo está “em guerra” contra a Covid-19 e pediu que a comunidade internacional adote, portanto, uma lógica de guerra para conter a pandemia.
— Estamos em guerra contra um vírus. Precisamos da lógica e da urgência de uma economia de guerra para aumentar a capacidade de nossas armas — disse Guterres.
— Se não agirmos agora, nos encontraremos em uma situação em que os países ricos vacinarão a maioria de sua população e abrirão suas economias, mas o vírus continuará circulando e mudando nos países mais pobres — afirmou o secretário-geral da ONU.
Guterres destacou que a pandemia da Covid-19 gerou um “tsunami de sofrimento”:
— Mais de 3,4 milhões de vidas foram perdidas, cerca de 500 milhões de empregos foram destruídos e as empresas viram bilhões saírem de seus balanços — acrescentou.
Ele afirmou que solicitou ao G20 a implementação de um grupo de trabalho que reúna todos os países com capacidade de produção de vacinas, assim como a OMS e instituições financeiras internacionais capazes de negociar com empresas farmacêuticas e outros atores essenciais do setor.
Fonte: O Globo/Robson Pires
115 mil guerreiros dignos de aplausos, os que continuam na guerra, além dos aplausos são dignos de melhores condições de trabalho e salário.
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