Documento aponta recolhimento de 49,1 toneladas de material em praias de 7 municípios potiguares e hipóteses sobre origem do lixo. MPF diz que investigação está em sigilo.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) concluiu e enviou ao Ministério Público Federal (MPF) um relatório sobre o lixo encontrado ao longo do mês de abril em praias de sete municípios potiguares.
O documento publicado no último dia 20 de maio, no entanto, não apresenta conclusão sobre a origem do material. Procurado pelo G1, o MPF informou que a investigação sobre o caso está em sigilo.
Ao todo, 49,1 toneladas de lixo foram recolhidas no litoral potiguar - 38,25 toneladas somente no município de Baía Formosa, que teve nove praias atingidas. Outros estados, como Paraíba e Piauí também registraram lixo no litoral.
Um vídeo feito por um pescador no dia 23 de abril flagrou lixo boiando na água há cerca de três quilômetros da costa na praia de Tabatinga, em Nísia Floresta.
Embora não apresente possíveis responsáveis, o relatório do Idema aponta que, entre os indícios analisados, há materiais como adesivos de campanhas políticas de candidatos de Recife; mochila com identificação da rede de educação estadual de Pernambuco; título de eleitor do município de Recife; etiquetas de serviços de saúde pernambucanos.
Em meio ao lixo repleto de materiais plásticos, ainda havia seringas e tubos para amostra de sangue, por exemplo.
De acordo com o Idema, vistorias realizadas pelos municípios em maio não observaram novos resíduos sólidos nas praias potiguares pelos municípios e pelas instituições que estão envolvidas nessa operação, mas as equipes seguem em vigilância.
O relatório ainda informa que o lixo começou a ser observado em 18 de abril, em Baísa Formosa, mas foi registrado de forma mais expressiva a partir do dia 20 de abril, quando o município se deu conta da "anormalidade da situação ambiental".
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Fonte: G1 RN
Foto: Fernanda Zauli/G1
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