Com seu rosto e nome estampados em parte das manifestações realizadas contra Bolsonaro no último sábado, Lula preferiu não comparecer aos atos e nem se manifestar publicamente.
A pessoas próximas, porém, o ex-presidente deixou claro que considerou o movimento positivo. Segundo aliados do petista, ele avalia que os atos mostraram que há capacidade de mobilização da esquerda.
Para integrantes da cúpula do PT, incluindo o próprio Lula, os protestos também evidenciaram menor capacidade de mobilização de bolsonaristas.
Enquanto opositores de Bolsonaro foram às ruas em capitais de todos Estados e em muitas cidades do interior, os últimos protestos realizados pelos apoiadores do presidente, inclusive com a presença de Bolsonaro, aconteceram de forma mais isolada em Brasília e, semanas depois, no Rio de Janeiro.
Interlocutores de Lula relataram que ele optou por não participar dos atos para evitar aglomeração em seu entorno, em um momento em que especialistas alertam sobre riscos de uma terceira onda da Covid no Brasil.
A avaliação é que esse comportamento ajuda a “blindá-lo”, se quiser seguir na linha se condenar os atos políticos e aglomerações de Bolsonaro. O problema é que, apesar de Lula não ter ido aos atos, vários líderes do PT foram às ruas.
O ex-presidente também disse a aliados que sua presença poderia dar um caráter eleitoral para os protestos contra Bolsonaro e que não é momento para isso.
DO TL
Assim como Lula, governadores do Nordeste como a governadora Fátima Bezerra (PT) também não participaram das manifestações, nem prestaram apoio através de redes sociais.
Uma estratégia que protegeram cargos e governantes de serem culpados por aglomerações. E as consequências delas.
Fonte: Bela Megale no Globo/Laurita Arruda/Território Livre/Tribuna do Norte
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