A América Latina e o Caribe superaram, na sexta-feira, 21, a marca de um milhão de mortes por covid-19, no momento em que a maioria dos países da região luta para obter vacinas suficientes para frear a pandemia. No total, foram registrados 1.001.404 óbitos na região, dentre 31.586.075 casos detectados, segundo contagem da agência de notícias AFP. A quantidade representa quase 30% dos 3,44 milhões de mortes pela doença em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, o número real de vítimas fatais da pandemia pode ser duas ou três vezes maior do que sugerem as estatísticas oficiais.
Quase 90% das mortes por covid na América Latina estão distribuídas entre cinco países que, juntos, representam 70% da população do continente: Brasil (446.309), México (221.080), Colômbia (83.233), Argentina (73.391) e Peru (67.253).
O Brasil registra a maior mortalidade diária do continente, com média de quase 2 mil óbitos por dia na última semana. O País ultrapassou os 446 mil óbitos pela doença ao passo que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é investigado pelo Congresso, na CPI da Covid, pela maneira como lida com a crise sanitária.
A região como um todo, que inclui 33 países e territórios, registrou uma média de quase 3.900 mortes por dia nos últimos sete dias, o que representa um aumento de 1% em relação à semana anterior. As infecções, por sua vez, cresceram para uma média de 142 mil por dia, o que implica um aumento de 10% em uma semana.
Até o momento, apenas 3% da população da América Latina e Caribe está vacinada, como lamentou a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, na sexta-feira. “Esta pandemia está longe de terminar e está atingindo fortemente a América Latina, afetando nossa saúde, economias e sociedades inteiras”, disse. “A região é um epicentro de sofrimento com a covid-19, e deve ser também um epicentro para a vacinação”, completou.
As farmacêuticas Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson se comprometeram, durante uma cúpula do G20 na sexta-feira, em Roma, a doar 3,5 bilhões de doses para os países mais desfavorecidos entre 2021 e 2022. Conforme explicaram, serão fornecidas cerca de 1,3 bilhões este ano e o restante em 2022. A Pfizer fornecerá 2 bilhões de doses, a Moderna, até 995 milhões, e a Johnson & Johnson, até 500 milhões.
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Fonte: Estadão/Blog do BG
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