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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

TENSÕES NA BASE ALIADA AUMENTA APÓS PRISÕES.

Os partidos aliados estão prontos para se 'vingar' da presidente Dilma Rousseff e só aguardam o momento oportuno para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar corrupção no governo federal. A Operação Voucher agravou a crise na base. Novamente, o PMDB foi o partido mais atingido pelas denúncias.
Parlamentares aliados que participaram do almoço da base, realizado ontem na casa do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), expuseram o descontentamento com a onda de denúncias e a 'faxina' em pastas comandadas pelo PR (Transportes) e pelo PMDB (Agricultura e Turismo), além das suspeitas no Ministério das Cidades, chefiada pelo PP. O PR da Câmara anunciou ontem que não vai participar mais das reuniões e almoços da base. As críticas têm como alvo as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e à própria Dilma.
Para tentar contornar a crise, a presidente se reúne hoje com o Conselho Político. Na conversa, Dilma vai deixar claro que o governo não sabia da operação da PF e não tem nada a ver com as prisões. Em conversas reservadas, peemedebistas têm a convicção de que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), teria condições de poupar o partido. Argumentam que o pedido do juiz para a prisão de integrantes do Turismo estava pronto desde a semana passada e que o secretário executivo da pasta, Frederico Costa, poderia ter sido demitido antes da operação.
Panos quentes. Diante da temperatura elevada, a ministra das Relações Institucionais foi ao Senado e defendeu o colega Pedro Novais, afilhado político do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). 'O convênio base da investigação é de 2009. Portanto, o ministro Pedro Novais não teria participação nesse convênio', afirmou Ideli.
Lideranças do PMDB passaram o dia defendendo os integrantes do ministério presos pela PF. O presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO), fez questão de lembrar que Frederico Costa não era ligado apenas ao PMDB, mas também ao PT. 'A informação que eu tenho é que ele foi apoiado por setores do PMDB e também do PT, houve também apelo de setores do partido da presidente da República nesta indicação.'
O discurso foi de que as denúncias não atingem Novais. 'O ministro não está sendo investigado', observou o líder do governo, Romero Jucá (RR). 'O ministro não é sequer suspeito', reiterou o líder da sigla no Senado, Renan Calheiros (AL), que considerou 'exagero' as prisões, a exemplo do colega de partido, Henrique Alves. 'Está caracterizado abuso de poder. Ninguém tem conhecimento de dolo, de irregularidades', disse o líder do PMDB na Câmara. 'Todos estão surpreendidos pela virulência da operação.'

Fonte: O Estadão

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