A Polícia Federal faz nesta quarta-feira megaoperação para reprimir crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A Operação Alquimia, em parceria com a Receita Federal, tem o objetivo de recuperar R$ 1 bilhão desviados por grupo empresarial, ligado ao ramo de produtos químicos. Segundo a PF, essas empresas "enriqueceram com facilidade desigual, às custas de graves lesões ao erário". A operação é considerada uma das maiores do gênero dos últimos anos no país.
Estão em execução 31 mandados de prisão temporária e 129 de busca e apreensão, além de 63 mandados de condução coercitiva. Os bens de 62 pessoas e de 195 empresas estão sendo sequestrados. Entre os bens, há veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais, além de recursos financeiros dos suspeitos.
Para cumprir todas a medidas, foram acionados cerca de 90 auditores fiscais da Receita Federal e cerca de 500 policiais federais. As ações ocorrem em 18 estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe), desarticulou organização. As fraudes envolvem cerca de 300 empresas nacionais e estrangeiras, estas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.
As investigações tiveram início quando a Receita Federal detectou indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo. Havia também a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como "laranjas". O esquema seria utilizado para dissimular operações comerciais e financeiras com intuito de não recolher os tributos devidos ao Fisco. Foram investigadas a utilização de empresas interpostas (laranjas), empresas sediadas em paraísos fiscais, factorings e até fundos de investimento utilizados na suposta fraude.
Em São Paulo, a PF prendeu uma mulher conhecida como "Vanuza", acusada de servir como laranja. A prisão foi feita por volta das 5h da manhã, na favela de Jardim Colombo, e envolveu 20 agentes federais e seis policiais militares. A operação na comunidade foi reforçada, porque o local é considerado perigoso.
Fonte: O Globo
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