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domingo, 28 de agosto de 2011

A POLÍTICA, OS FARSANTES E AS URNAS.

Escrevi esse texto para o blog em novembro do ano passado, mas, de tão atual, resolvi reproduzir aqui e na coluna. Atual, diga-se, ontem, hoje, amanhã…e, pelo andar político do umbigo, sempre…
Eis, sob o título Urnas de Falstaff:

De eleição em eleição, após as apurações, as promessas se vão com os sonhos do eleitor brasileiro. Aquele dia melhor vai se transformando em outro sonho, novamente, e assim por diante.
Governar e legislar? Deveriam.
Mas, mal o resultado sai das urnas e já se tramam novas eleições. Campanhas constantes.
Vive-se eleição, respira-se eleição, saboreia-se eleição…
E o povo? É o que menos importa.
E o desenvolvimento? Contanto que a divisão promova o progresso dos bolsos das intenções. Esse progresso, claro, sem falhas.
Aliados põem à mesa compromis-sos acordados. No prato feito, vale até a participação de adversários para que os negócios sejam coisa das arábias. No maior partido de todos os tempos, o PG, Partido do Governo, acomodam-se base aliada e oposição comprada.
Coisa de metamorfose política na impessoalidade contagiosa. Ou pessoalidade, quem sabe. O certo é que dividem ideias superlativas… Ô! Coisa de consórcio partidário que dá sustentação no repasto do bem público.
Certamente não leêm Nietzsche, mas se às letras chegassem, zom-bariam do seu pensamento: “Não colocas a tua carreira acima de teus deveres éticos nem constitucionais”.
E nas searas espúrias, não existem laços de amizade, de respeito, de consideração, etc e tal, tal. Apenas afagos nos interesses do momento.
E assim caminha a humanidade política – com suas exceções, elementar -, reproduzindo ‘Falstaff’, o farsante que deu nome à última ópera de Verdi, líder do coro: “Tutto nel mondo è burla” (Tudo no mundo é farsa).
No olheiro do velho ditado, conclui: “Ri melhor quem ri por último.”
E tudo corre aos olhos do povo, uma dolorosa farsa que se assiste e se admira, enquanto outros poucos gritam- com ecos que não se ouvem mais – enojados.
E assim se vai caminhando e cantando…

Fonte: abelhinha.com

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