Dilma vai acompanhar questão política dos partidos, diz Jucá.
Segundo líderes, presidente não falou de emendas durante a reunião.
A presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite desta segunda-feira (15), no Palácio do Planalto, com líderes do PT e do PMDB no Congresso numa tentativa de estreitar relações e amenizar a insatisfação da base aliada com o governo.
“Ficou definido que a presidenta vai acompanhar a questão política dos partidos, vai conversar com os partidos sobre política. A expectativa é que se crie um vínculo maior do governo e da própria presidenta com os partidos. É importante que a presidenta tenha essa relação com os partidos”, disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá.
Na semana passada, PMDB e outros partidos da base aliada se articularam para impedir a realização de votações na Câmara dos Deputados. O objetivo da paralisação foi demonstrar insatisfação com o governo, principalmente com a demora na liberação de emendas parlamentares.
Segundo Jucá, o objetivo de Dilma em conversar pessoalmente com líderes da base é buscar “harmonia” entre o governo e os parlamentares de partidos aliados.
“Essa é uma necessidade que o governo está vendo [de maior diálogo com o Planalto]. [...] Ficou definido uma série de questões, uma delas é essa harmonia que vamos tentar ampliar ainda mais entre PT e PMDB, no sentido de discutir as votações e buscar essas votações rápidas no segundo semestre.”
Emendas
De acordo com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, Dilma não conversou na reunião sobre liberação de emendas parlamentares, um dos principais pleitos dos parlamentares da base.
“Emendas, esta palavra não fez parte da discussão, mesmo porque não teria sentido reunir PT e PMDB, o presidente e o vice para fazer uma discussão de emendas. Emendas, que achamos ser uma ação importante dos deputados, é uma conversa para ter com a ministra da articulação política [Ideli Salvatti]”, disse.
Segundo Vaccarezza e Jucá, a ministra Ideli Salvatti ficou de organizar um cronograma para a liberação de emendas.
“Esse ano estamos sem nenhuma liberação por causa do contingenciamento, mas já passou o período do contingenciamento para emendas. Nós vamos discutir como é que será até o final do ano”, afirmou o líder do governo na Câmara.
Ele destacou que não é “pecado” pedir a liberação dos recursos e discutir o assunto com o governo.
“É natural que conversemos sobre emendas. Primeiro que não é um pecado. Emendas elas se coadunam com os projetos dos senadores e dos deputados para o desenvolvimento do país. É natural que se discuta e é natural que o governo libere as emendas.”
Segundo Vaccarezza, ainda não há um valor definido para as emendas.
Operação Voucher
Jucá, que é filiado ao PMDB, também falou sobre a Operação Voucher, da Polícia Federal, que investiga suposto desvio de recursos no Ministério do Turismo, pasta comandada pelo partido.
“O PMDB está acompanhando as investigações, o PMDB confia na Justiça e espero que as investigações confirmem que as pessoas do PMDB não têm nada a ver com essa história”, disse.
Segundo o senador, a orientação do governo é de que os ministros prestem explicações ao Congresso em casos de denúncias de corrupção.
“O ministro do Turismo, Pedro Novais, é um político experiente, vai saber se portar e a base do governo estará presente para dar suporte. Cada ministro do governo irá ao Congresso dar as explicações quando for necessário.”
De acordo com Jucá, o governo não colocará “panos quentes” nas investigações sobre desvios de recursos no Ministério do Turismo.
“O governo vai esclarecer todas as denúncias de corrupção que aparecerem. Não há nenhum panos quentes.”
Fonte: G1
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