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sábado, 21 de abril de 2012

DEPUTADOS ESTADUAIS APONTAM INSATISFAÇÕES.

Os deputados da bancada de sustentação do Governo na Assembleia Legislativa receberam a notícia de que serão chamados para um encontro com a chefe do Executivo, Rosalba Ciarlini (DEM) - o segundo, em quase um ano e meio de administração - com um sentimento predominante: a insatisfação. O clima entre os representantes de ambos os Poderes, costumeiramente cordial, é de lamentação e as reclamações brotam abertamente (embora não publicamente) pelos corredores da Assembleia Legislativa (AL). Os parlamentares se dizem contrariados com o tratamento dispensado a eles, alegam que sequer são recebidos quando solicitam audiências com a governadora e as promessas de campanha, firmadas conjuntamente, segundo eles, não transpuseram da teoria à prática. Entre as vozes dissonantes no parlamento não sobrou sequer a do próprio líder do Governo, Getúlio Rêgo (DEM), que em entrevista à TRIBUNA DO NORTE reclamou de uma interlocução "inexistente" entre Executivo e Legislativo, lamentando a falta de autonomia do chefe de Gabinete, Anselmo Carvalho, para interferir no problema. Diante de uma temível debandada, o Governo acenou aos parlamentares para um papo.
Mas enquanto isso não acontece o clima continua animoso. Na quinta-feira passada (19), última sessão da semana, a reportagem ouviu as mesmas críticas e ponderações. A exceção ficou por conta do presidente da Assembleia Legislativa. Ricardo Motta (PMN) garantiu que a "situação está sendo contornada", ao ser questionado sobre o clima de animosidade. Ele disse também que a equipe da governadora tem entrado em contato para conversar, tratar sobre projetos de autoria dos deputados e sobre a liberação de recursos destinados às emendas apresentadas pelos parlamentares no Orçamento Geral do Estado (OGE). "O que existe é uma dificuldade financeira, então é natural que haja esse tipo de cobrança, mas está tudo sendo explicado", comentou ele.
Um a um os deputados ouvidos pela TN detalharam com afinco o quadro de instabilidade que ronda a relação Executivo/Legislativo no Rio Grande do Norte. "Eles nos tratam como líderes comunitários. Não nos recebem, não dão qualquer satisfação. É uma relação como nunca imaginávamos que pudesse acontecer", disse um deputado que pediu o anonimato. O marido da governadora Rosalba Ciarlini, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, foi citado em diversas ocasiões como o responsável pelo "engessamento" da gestão. Palavras como "conversador e intransigente" foram ditas para definir o esposo da líder democrata.
"E esse tratamento não é de agora, vem desde o início da administração", disse um parlamentar de um partido dos mais afinados com o DEM. O crédito para as vitórias que o Governo vem somando na Assembleia quando das votações é dado ao presidente da Casa, Ricardo Motta. "Nós confiamos em Ricardo e por isso seguimos o entendimento dele. Não fosse por isso as derrotas já teriam iniciado, tamanho o descontentamento", complementou um deputado. As críticas se estendem ainda aos secretários do Gabinete Civil, Anselmo Carvalho, e de Relações Institucionais, Esdras Alves. "Não têm autonomia para nada e ainda levam pancada nossa. Se eu fosse os dois já teria saído", finalizou um parlamentar.

Fonte: tribuna do Norte
Foto: Alex Régis

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