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segunda-feira, 30 de abril de 2012

RELATOR NO CONSELHO DE ÉTICA ANALISA DISCURSOS E PROJETOS DE DEMÓSTENES.

Humberto Costa (PT-PE) entrega relatório preliminar na quinta-feira (3).
Após relatório, Conselho decide se processo contra senador prossegue.


O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo que investiga Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética, afirmou neste domingo (29) que analisa discursos e projetos de lei apresentados pelo senador para compor seu relatório preliminar, que será entregue ao conselho na próxima quinta (3).
Demóstenes é alvo de processo no Conselho de Ética para apurar se houve quebra de decoro parlamentar por parte do parlamentar na relação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Escutas telefônicas apontam que Demóstenes usou o mandato para favorecer o contraventor e que recebeu dinheiro do bicheiro.
Segundo Humberto Costa, uma equipe composta por oito assessores auxilia na busca de discursos e projetos de lei que serão analisados para a finalização do relatório preliminar. Costa afirmou que já leu a defesa entregue pelo advogado do senador Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, na última quarta-feira.
“A atuação legislativa e a atividade parlamentar podem confirmar ou não algumas coisas que ele [Demóstenes] disse”, afirmou Costa, explicando que as informações podem servir para verificar se houve tentativa de beneficiar o grupo do bicheiro.
O relatório preliminar do caso será entregue pelo relator, Humberto Costa (PT-PE) no dia 3 de maio, quando o Conselho de Ética volta a se reunir. No dia 8, o conselho definirá se abrirá ou não processo disciplinar que poderá levar à perda do mandato de Demóstenes.
Defesa prévia de Demóstenes
Na defesa prévia entregue nesta quarta, o advogado do senador pede o arquivamento do pedido de abertura de processo por suposta quebra de decoro parlamentar.
Caso o Conselho decida por levar o processo adiante, o advogado pede uma série de diligências, como perícias nas gravações que apontam relações entre o senador e o bicheiro. Kakay, como é conhecido o advogado, argumenta que as gravações podem ter sido adulteradas.
Outro pedido de Kakay é para que o requerimento que pede a investigação de Demóstenes seja suspenso até manifestação do Supremo Tribunal Federal referente às gravações que envolvem o senador. Tramita no Supremo ação de Demóstenes para declarar as gravações ilegais, sob o argumento de que deveriam ter sido autorizadas pelo próprio STF, já que o senador tem foro privilegiado.
Se ainda assim a investigação prosseguir, a defesa do senador pede que sejam chamadas testemunhas para cada um dos fatos questionados. O próprio Cachoeira é colocado no rol de testemunhas que podem ser chamadas pelo senador.

Fonte: Iara Lemos/G1
Foto: Globo News

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