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terça-feira, 1 de julho de 2025

MUDANÇA DE TOM DE LULA CAUSA REAÇÃO NO CONGRESSO, E CLIMA PIORA

Governo tem adotado discurso mais duro para justificar aumento de tributos para quem ganha mais.

Em meio à queda de braço com o Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros e aliados têm apostado no discurso de justiça social para fazer frente à derrubada do decreto que promovia alterações nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A aprovação do projeto de decreto legislativo (PDL) para sustar os efeitos da medida foi uma derrota histórica para o Executivo. Como forma de reação, o governo ainda avalia se vai entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, tem atuado para rebater críticas sobre ser responsável pelo aumento de impostos no país.

O Congresso alega que a alta nos tributos foi a causa da derrubada do PDL. O governo, no entanto, defende que a medida atinge apenas “o andar de cima” e, portanto, busca fazer “justiça social e tarifária”. Esse foi o tom adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em discurso no Palácio do Planalto, nessa segunda-feira (30/6).

Durante o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar, o titular da equipe econômica rebateu críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que horas antes havia acusado o governo de dificultar acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Nós vamos continuar fazendo justiça social, pode gritar, pode falar, vai chegar o momento de debater. Mas temos de fazer justiça no Brasil. Nós não podemos intimidar na busca de justiça. É para fazer justiça no campo, na cidade, na fábrica, é para isso que estamos aqui”, discursou o ministro da Fazenda.

O presidente Lula reforçou o discurso de Haddad, citando propostas do governo que vai beneficiar a população mais pobre. “Queremos fazer com que esse se transforme em um país justo. Ele começa a ser justo pela tributação, depois pela repartição. É por isso que estamos fazendo o Imposto de Renda até 5 mil de isenção. É por isso que a gente vai fazer que quem consome até 80kW não pague energia e quem consome até 120kW pague menos. É por isso que a gente vai fazer com que o gás chegue mais barato na casa das pessoas”, disse.

Fonte: Daniela Santos e Maria Eduarda Portela/Metrópoles

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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