O grupo faria controle exclusivo de grupos profissionais em hospitais estratégicos do DF, impedindo a entrada de novos profissionais e restringindo a concorrência, além de ameaçar anestesiologistas que optassem por atuar de maneira independente à cooperativa
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) agiu por intermédio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO/DECOR), em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para realizar a ação “Toque de Midaz” para investigar o grupo médico que, de acordo com as inveztigações, atua há anos na capital.
Entre as práticas ilegais apuradas pelos policiais, está o controle exclusivo de grupos profissionais em hospitais estratégicos do Distrito Federal, impedindo a entrada de novos profissionais e restringindo a concorrência; a exclusividade na negociação de tabelas de honorários médicos com operadoras de planos de saúde privados, eliminando a livre concorrência e impondo valores abusivos; e restrições à atuação de médicos autônomos mediante ameaças físicas e psicológicas contra anestesiologistas que optassem por atuar de maneira independente à cooperativa.
Nesta etapa da operação a PCDF realizadou sete mandados de Busca e Apreensão contra os principais membros da Cooperativa e médicos que praticaram constrangimento ilegal contra outros profissionais que não se alinharam às condutas do grupo. Os suspeitos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelo crime de formação de organização criminosa, formação de cartel, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, a Operação foi batizada “Toque de Midaz” em referência ao personagem da mitologia grega “Midas”, conhecido por ser ganancioso e ambicioso. sempre tentando aumentar suas riquezas. Além disso, o nome se refere ao medicamento Midazolam, utilizado para sedação em procedimentos de anestesia.
Fonte: Bruna Pauxis/Correio Braziliense
Foto: PCDF
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