Em janeiro, Lina procurou a polícia
"Houve episódios violentos — ela estava com medo", lembra o primo de Lina, Daniel.
Ao chegar à delegacia, ela foi entrevistada e seu caso foi registrado no VioGén, uma ferramenta digital que avalia a probabilidade de uma mulher voltar a ser atacada pelo mesmo agressor.
O VioGén — um sistema baseado em algoritmo — faz 35 perguntas sobre os abusos e sua intensidade, o acesso do agressor a armas, sua saúde mental e se a mulher saiu ou está pensando em sair do relacionamento.
Depois, classifica o risco que ela corre como "desprezível", "baixo", "médio", "alto" ou "extremo".
Essa categoria é usada para orientar decisões sobre a alocação de recursos policiais para proteger a mulher.
Lina foi classificada como "risco médio".
Ela pediu uma medida protetiva em um tribunal especializado em violência de gênero, em Málaga, para que o ex-companheiro não pudesse entrar em contato com ela ou dividir o mesmo espaço. O pedido foi negado.
"Lina queria trocar as fechaduras de casa para poder viver em paz com os filhos", conta o primo.
Três semanas depois, ela estava morta. O ex-companheiro teria usado sua chave para entrar no apartamento, e pouco depois a casa estava em chamas.
Enquanto os filhos, a mãe de Lina e o ex-companheiro conseguiram escapar, Lina não. Segundo amplamente noticiado, o filho de 11 anos teria dito à polícia que foi o pai quem matou a mãe.
O corpo sem vida de Lina foi encontrado no interior carbonizado da casa. O ex-companheiro, pai de seus três filhos mais novos, foi preso.
Agora, a morte de Lina levanta dúvidas sobre o VioGén e sua capacidade de proteger mulheres na Espanha.
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Fonte: Linda Pressly e Esperanza Escribano/BBC News
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