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sábado, 4 de janeiro de 2025

ESGOTO CLANDESTINO PODE SER CAUSA DE SURTO DE VIROSE

Prefeitura do Guarujá notificou a companhia de saneamento de São Paulo; só no início deste ano, registros de casos cresceram 42%

A prefeitura de Guarujá, no litoral paulista, afirmou na manhã deste sábado (4 de janeiro) que notificou a Sabesp (companhia de saneamento do estado) sobre a possibilidade de vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da praia da Enseada, mas não obteve resposta.

A gestão diz acreditar que esse pode ser o motivo do aumento dos casos de gastroenterocolite aguda -uma inflamação no estômago e nos intestinos delgado e grosso- que tem lotado hospitais da cidade e de outras da região.

A condição é chamada de virose porque em mais de 95% dos casos é provocada por vírus (norovírus, rotavírus e adenovírus). Outras causas são as bactérias, os parasitas ou a ingestão de alimentos contaminados. O município aguarda o resultado de análises encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz para esclarecer a origem da doença.

Em nota, a Sabesp disse que adotou as medidas para verificar as solicitações da prefeitura e prestou os esclarecimentos necessários à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ela esclarece que monitora o sistema de esgotamento sanitário da Baixada Santista e destaca que as fortes chuvas podem sobrecarregar o sistema devido à entrada irregular de água pluvial.

Sobre a existência de esgoto clandestino a Sabesp não se manifestou.

A companhia disse à reportagem que, na quinta-feira (2 de janeiro), houve um vazamento de esgoto na praia da Enseada. O problema, segundo a Companhia, foi pontual e a limpeza e a higienização já estão concluídas. A empresa afirma que o vazamento não está relacionado ao surto de virose que atinge vários municípios, porque não é possível haver contaminação simultânea em cidades e locais distintos.

De acordo com a coluna Painel, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou ofícios à Sabesp, à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e à Secretaria de Saúde estadual para cobrar esclarecimentos sobre o surto de virose no litoral. No documento, Hilton pergunta sobre as medidas adotadas para garantir a qualidade e a potabilidade da água distribuída, a balneabilidade das águas marinhas aos banhistas e o monitoramento dos índices de casos e atendimentos de pacientes com virose nas cidades litorâneas.

Fonte: Agências/O Tempo

Foto: Prefeitura de Guarujá/Divulgação

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