“A Marlene Mattos falou: ‘Agora fica todo mundo pelada que eu quero ver quem está gorda’. Eu tinha 12 anos de idade.”
Segundo Cátia, hoje com 48 anos, a diretora do ‘Xou da Xuxa’ telefonou em plena madrugada para as integrantes do grupo e as convocou para uma espécie de reunião de emergência. O objetivo do encontro era conferir o peso das meninas, para que aparecessem em forma na televisão.
“Estava todo mundo dormindo em casa. Era meia-noite, uma hora da manhã. A Marlene ligou para cada uma e mandou todas irem para a casa dela. Ela morava na Lagoa, mas tinha gente que morava lá em Duque de Caxias [município da Baixada Fluminense]”, conta a artista.
Procurada pela imprensa, Mattos se limitou a garantir que “esse momento nunca aconteceu” e a história “é irreal”.
Mas não foi a primeira acusação contra a empresária nesse sentido. A atriz Bianca Rinaldi, também ex-paquita, afirmou ter passado por “momentos de humilhação e muita tensão” com Marlene – sempre relacionados à exigência quanto à forma física.
“Não foi legal, porque a Marlene nos expunha. Ela não chegava no particular e falava. Se ela queria falar, falava na hora, não importava onde estivesse. Hoje a gente sabe que não pode deixar isso passar”, disse Bianca ao podcast ‘Desculpa Alguma Coisa’.
Situações desse tipo têm vindo cada vez mais à tona, principalmente depois da exibição da série ‘O Lado Sombrio da TV Infantil’, disponível em streaming na plataforma Max. Um dos programas de tevê mais vistos no mundo todo em 2024, o documentário revela os bastidores polêmicos do canal teen americano Nickelodeon.
Segundo os ex-astros mirins entrevistados, as jovens estrelas da empresa encaravam jornadas de trabalho exaustivas, protagonizam cenas inadequadas para sua idade e muitas vezes eram demitidas sem o menor cuidado ou preparação.
E o mais grave: três pedófilos condenados atuaram nos bastidores da emissora e tiveram acesso aos menores. Um deles estuprou o ator Drake Bell, à época com 15 anos.
As experiências precoces com drogas, sexo e noitadas tornaram Bell um adulto traumatizado e problemático, a exemplo de diversos outros prodígios da história do showbusiness dos EUA – de Judy Garland a Drew Barrymore, passando por Macaulay Culkin, Whitney Houston, Britney Spears.
No Brasil, o número de crianças e adolescentes nesse meio é proporcional ao tamanho da nossa indústria do entretenimento (infinitamente menor que a americana). No entanto, há casos simbólicos de exploração, abuso e carreiras mal conduzidas cujos resultados quase terminaram em tragédia.
Especialmente a partir da década de 80, com a explosão dos programas e grupos musicais encabeçados por astros mirins.
Bajulados e sem supervisão, artistas são expostos muito cedo ao sexo e às drogas
Um dos exemplos mais conhecidos é o de Rafael Ilha, que começou a trabalhar ainda criança, atuando em comerciais.
LEIA MATÉRIA COMPLETA AQUI
Fonte: Omar Godoy/Gazeta do Povo
Foto: Divulgação/TV Globo/Willian Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.