Ministério Público apura, ainda, ocultação de erros médicos e desvio de bens públicos
Nessa quinta-feira (12 de dezembro), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu quatro mandados de prisão temporária contra os médicos, além de outras seis ordens de afastamento das funções e 20 de busca e apreensão. Os agentes recolheram informações em dois hospitais e uma clínica de anestesiologia nas cidades de Leopoldina e Além Paraíba.
Os alvos compõem o corpo clínico e a administração da Casa de Caridade e estão sendo considerados como organização criminosa "causadora de graves riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos pelo SUS", segundo o MPMG.
Entenda o crime
As investigações começaram após a denúncia inicial de que os médicos estavam designados para dois plantões em hospitais diferentes nos mesmos horários, o que seria impossível de ser cumprido. A distância entre a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina, e o Hospital São Salvador, em Além Paraíba, é de 55 km.
Com o avanço das apurações, os agentes do Gaeco identificaram que, durante plantões de urgência e emergência destinados a pacientes do SUS, os investigados realizavam, na verdade, cirurgias eletivas da rede suplementar, ou seja, consultas particulares. "Delitos graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos", destacou o Ministério Público.
Os profissionais também são suspeitos de falsificar documentos, ocultar erros médicos, subtrair materiais cirúrgicos e atribuir responsabilidades a pessoas inocentes. Eles estão sendo investigados pelos crimes de exposição da vida ou saúde de outrem a perigo (artigo 132 do Código Penal Brasileiro), desvio de bens públicos, falsidade ideológica e organização criminosa.
Fonte: Isabela Abalen/O Tempo
Foto: MPMG/Divulgação
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