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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A RESPONSABILIDADE DO GOVERNO LULA SOBRE O COLAPSO DA PONTE NA BR 226

O Brasil é como a ponte partida

O colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira — que ligava, pela BR-226, as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins — ilustra o Brasil: um país que quebra após e durante os avisos de que vai quebrar, deixando uma porção de vítimas pelo caminho.

A BR-226 é uma rodovia federal brasileira que liga as cidades de Natal-RN e Wanderlândia-TO. Isto significa que o responsável por ela é o governo federal, atualmente sob presidência de Lula, com o filho de Renan Calheiros (MDB-AL), Renan Filho, como ministro dos Transportes, Fabrício Galvão como diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito) e Fábio Pessoa da S. Nunes como diretor de Infraestrutura Rodoviária.

No sábado, 21 de dezembro, um morador publicou um vídeo denunciando a situação local:

“Já pensou se essa ponte cai? Já pensou o estrago que faz, para os dois municípios?”, indagou. “Porque, se chegar a dar um desastre aqui, vão falar que não teve gente que avisou. Mas estamos aqui avisando vocês: isso aqui está um perigo!”

“Olha só essa rachadura aqui”

No domingo, 22, um vereador de Aguiarnópolis, filmado por um colega na beira da ponte, apontou “os veículos pesados que passam por aqui”. “E eu gostaria de chamar a atenção das autoridades competentes para que viessem e tomassem uma providência”, cobrou ele.

“Eu quero até mostrar pra vocês… chega aqui, um pouco mais aqui, ó… olha só algumas rachaduras”, apontou o vereador, que ainda chamou a atenção para uma delas, mais comprida: “Olha só essa rachadura aqui”.

Justamente quando ele denunciava esse dano lateral visível na estrutura da ponte, a pista por onde passavam os veículos rachou, erguendo, num primeiro momento, uma dobra, sobre a qual uma pick-up, que aparece no vídeo freando bruscamente, passou como se fosse um quebra-mola; e, num segundo momento, cedendo e abrindo um buraco que impediu a moto seguinte, com duas pessoas, de passar.

“É, caiu”

“Olha ali! Sai daí! Sai de perto! Meu Deus do Céu!”, gritou o rapaz que filmava, alertando o vereador. Eles então desceram correndo pela subida da ponte, preocupados também com quem pudesse ter sido atingido embaixo, com a queda daquele trecho específico da pista.

De longe, um vídeo de outro morador mostra o restante do desmoronamento, ou seja, de todo o vão central situado acima do rio Tocantins, que fez oito veículos despencarem. “É, caiu. Caiu a ponte aqui, nesse momento, no Estreito. Ponte caiu aqui. Tinha uns caminhão [sic] em cima aqui. Ê desastre”, lamentou o morador, diante dos escombros da principal parte dos 533 metros de extensão da ponte, que foi construída na década de 1960 e integrava o corredor rodoviário Belém-Brasília.

Até a tarde desta segunda-feira, 23, a Defesa Civil da cidade de Estreito confirmou duas mortes (uma jovem de 25 anos, identificada como Alana; e um homem de 42 anos, identificado como Marçon Gley Ferreira), além do número de 16 pessoas desaparecidas.

Fonte: Felipe Moura Brasil/O Antagonista

Foto: RS/Fotos Públicas

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