"Você não vai prender pessoas aqui", disse o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, ao ministro da Justiça Flávio Dino, de acordo com relato de duas pessoas que estavam presentes.
Na avaliação de autoridades do governo ouvidas pelo jornal norte-americano, isso permitiu que golpistas fossem alertados e escapassem — o acampamento em frente ao QG foi desmontado na manhã seguinte aos ataques, na segunda-feira (9).
A versão coincide com o que Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal, disse em depoimento à Polícia Federal na sexta-feira (13). Ele afirmou que "autoridades militares" impediram o desmonte do acampamento bolsonarista.
Há uma semana, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com o resultado da eleição invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF (Supremo Tribunal Federal). A Corte determinou a prisão em flagrante de todos os manifestantes na Praça dos Três Poderes e no acampamento em frente ao QG do Exército. Mais de 1.300 pessoas continuam presas.
A PF ainda estuda celulares e material genético deixados na cena do crime para identificar e colher provas contra os invasores.
A equipe do jornal norte-americana conversou também com pessoas que receberam mensagens pelo Whatsapp e pelo Telegram sobre os atos golpistas. Eles afirmam que havia comentários e até orientação sobre a invasão prédios públicos.
Fonte: UOL
Foto: Reprodução
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