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segunda-feira, 20 de junho de 2011

KASSAB NEG VAZAMENTO DE DADOS SOBRE PALOCCI; PREFEITO DEU "NOTA DEZ" À SUA GESTÃO EM SP.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, negou nesta segunda-feira (20) que tenha vazado informações sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. A declaração foi feita em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo e pelo UOL, que durou cerca de duas horas. No evento, além de entrevistadores, participaram com perguntas internautas e de integrantes de uma plateia.
O prefeito afirmou que não saiu do governo municipal a informação sobre o faturamento da empresa de consultoria do petista, acusação feita dias atrás pelo ministro Gilberto Carvalho. Apesar de defender que a afirmativa de Carvalho não procede, ressaltou que ela “não alterou" suas relações com o governo federal.
No dia 15 de maio, a Folha revelou que o ministro teria aumentado em 20 vezes seu patrimônio, entre 2006 e 2010, quando era deputado federal. Palocci teria recebido R$ 20 milhões em 2010.
“Nota dez” para si próprio
Em uma sabatina marcada principalmente pelas questões relativas ao transporte público, Kassab se deu “nota dez” à própria gestão ao ser indagado por uma internauta sobre qual avaliação se daria, em uma escala de zero a dez.
Outra participante, ouvida nas ruas da capital pela equipe do UOL Notícias, quis saber se o prefeito aceitaria andar nos ônibus do transporte coletivo --costumeiramente lotados e cuja tarifa de R$ 3 é a mais alta do país.
Em vez da resposta direta, o prefeito preferiu relativizar distância percorrida x valor cobrado e defendeu: a tarifa vigente desde fevereiro, alvo de quase uma dezena de protestos de estudantes da capital e de críticas dos trabalhadores, “é a mais barata do Brasil”. Para Kassab, ainda que o mais alto dentre os municípios brasileiros, o valor se justificaria pelos “limites percorridos” pelos ônibus do sistema.
“Há cidades menores em que os ônibus do transporte coletivo rodam 2 km, por exemplo, e a tarifa custa R$ 2,30, R$ 2,40 sem tanto trânsito, sem tanto desgaste [dos veículos]. Aqui, as pessoas podem fazer até três viagens, em três horas, pelos mesmos R$ 3”, disse. “Não está boa [a tarifa], mas temos nossos limites. E São Paulo tem outras prioridades, tais como pagar médicos, professores, fazer novos hospitais...”, elencou.
Ainda dentro da temática de trânsito, transporte e mobilizada urbana, Kassab prometeu a construção de ciclofaixas na zona norte da capital, uma das questões da sabatina, e a expansão do funcionamento delas também em dias de semana. atualmente, a ciclofaixa vale apenas aos domingos, até as 16h, e ligando parques das zonas sul e oeste da capital.
PSD e apoios políticos
A relação do Partido Social Democrata (PSD) –recentemente fundado pelo prefeito –com setores da sociedade e outros partidos também deu a tônica da sabatina. Sobre adversários à nova sigla, por exemplo, Kassab, que a preside, admitiu que “existem adversários”, mas negou que, entre eles, esteja o governador Geraldo Alckmin. “Pelo contrário, ele é muito transparente. Eu ficaria muito desapontado se ele trabalhasse contra”, disse sobre o tucano.
Indagado sobre uma suposta invasão, na semana passada, do gabinete do secretário estadual de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia (DEM), seu ex-aliado, Kassab voltou a negar o episódio. “Discordo. O Rodrigo é um amigo pessoal. Apenas fui fazer uma visita a ele alertando de situações inadequadas; não houve nenhum stress”, esquivou-se.

Na última quinta (16), reportagem da Folha revelou que a estrutura da Prefeitura de São Paulo foi usada na tentativa de conseguir assinaturas para criação da nova sigla. Para o prefeito, o caso é uma 'exceção'. O DEM, ex-partido de Kassab, quer investigar a coleta de assinaturas, já que em Santa Catarina apareceram nomes de pessoas mortas na lista de apoio à criação do PSD.
Por outro lado, o prefeito se mostrou aberto a novas filiações --não descartou, nesse contexto, uma eventual filiação do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). “Aceitaria todos aqueles que aceitem nosso plano de governo”, disse.
Maluf, por sinal, questionou o entrevistado sobre melhorias no caótico trânsito da capital, a exemplo da também ex-prefeita e senadora Marta Suplicy (PT). Kassab afirmou ser “inadmissível aceitar apenas 70 km de metrô em São Paulo”, se disse contra “a preocupação de colocar nome em placa” de obras e concluiu: o agente público precisa investir na cidade a fim de ter, depois, “condições políticas de exigir isso”.
Eleições
O prefeito também não descartou a possibilidade de lançar candidato próprio do PSD na campanha de sucessão do ano que vem na cidade. "A gestão terá uma candidatura que apoiaremos. Pode ser com o PSD. No momento adequado, vamos discutir essa questão." Sobre o pouco tempo na TV que a nova sigla teria, Kassab afirmou que o problema poderia ser superado com alianças com outros partidos.
Já apoios futuros à presidente Dilma Rousseff (PT), em caso de campanha pela reeleição, e mesmo a Alckmin, um dos possíveis nomes do PSDB parta a sucessão presidencial, também foram cogitados. “Não tenho nenhum preconceito de apoiar a Dilma se ela for uma boa presidenta”, resumiu. Sobre o tucano, lembrou da campanha passada no Estado: “Se eu já o apoiei outra vez...”, comparou”.

Fonte: UOL

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