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sexta-feira, 11 de abril de 2025

GOVERNADORES PRÓ-ANISTIA ENCONTRAM RESISTÊNCIA PARA CONQUISTAR APOIO DE LÍDERES PARTIDÁRIOS

Após participar da manifestação no último domingo (6) em São Paulo, sete governadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agora têm a missão de articular com parlamentares e líderes partidários na Câmara dos Deputados a votação do requerimento de urgência do PL da anistia aos presos de 8/1. Apesar de serem influentes em seus respectivos estados, os gestores enfrentam a resistência de parlamentares em apoiar a pauta no plenário da Casa.

A manifestação contou com o apoio dos governadores: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Wilson Lima (União), do Amazonas; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Mauro Mendes (União), de Mato Grosso. O governador Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, cancelou sua presença devido às chuvas no estado.

Do grupo, Tarcísio foi o primeiro governador a se articular e defender publicamente que o projeto avance na Câmara. Na segunda-feira (7), ele afirmou que falará sobre o tema com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já que os dois são do mesmo partido.

“Conversei com Hugo Motta na sexta-feira (4) sobre isso. Vou voltar a conversar com ele agora, depois da manifestação. Acho que é uma coisa que tem que ser construída, e podemos ter o envolvimento de todos nesse processo”, declarou Tarcísio, em entrevista após o anúncio da ampliação da Linha 4-Amarela do metrô até Taboão da Serra (SP). Dos governadores presentes no ato, Tarcísio foi o único a se pronunciar sobre a anistia após o evento.

A declaração do governador de São Paulo ocorre em um momento de impasse dentro da Câmara. Motta resiste em pautar o projeto e conta com o apoio de alguns líderes partidários, que não enxergam clima para votar a proposta. Já a oposição trabalha para conseguir as assinaturas necessárias para fazer o texto avançar.

Apesar da fala do chefe do Executivo paulista, um deputado federal próximo a Tarcísio, que pediu para não ter o nome revelado, explicou que a atuação do governador pode ser limitada, já que uma ação mais ostensiva poderia atrapalhar seu bom relacionamento com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Esse mesmo parlamentar também alegou que a percepção de parte do congressistas é a de que, mesmo que a anistia seja aprovada na Câmara, a proposta será barrada no Senado pelo presidente Davi Alcolumbre (União-AP). Anteriormente, Alcolumbre afirmou que a anistia não seria prioridade se chegasse ao Senado.

Fonte: Vinícius Sales/Gazeta do Povo

Foto: Reprodução/Silas Malafaia

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