Ações foram coordenadas pelo grupo chamado Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que divulgou imagens nas redes sociais
Famílias mobilizadas por um grupo chamado Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam supermercados em várias cidades do país nesta quinta-feira, em um protesto pacífico para denunciar a alta dos preços dos alimentos e o aumento da fome no país.
O principal mote era a reivindicação de um “Natal sem fome”, e os manifestantes pediam doações de cesas básicas aos estabelecimentos.
Cerca de 500 famílias da região metropolitana de Belo Horizonte ocuparam um hipermercado no bairro Santa Efigênia, na Região Leste de Belo Horizonte, reivindicando 300 cestas básicas e doações da alimentos para o Natal.
Eles ocuparam partes da loja por algumas horas, em uma manifestação pacífica. Uma das faixas dizia que há 10,3 milhões de pessoas com “fome extrema” no país.
Cenas parecidas foram vistas em Salvador, Aracaju, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Recife, segundo a organização do movimento informou em redes sociais.
Em vídeos divulgados na internet, manifestantes gritavam palavras de ordem contra a inflação e o governo do presidente Jair Bolsonaro. Uma das frases repetidas era “Tá tudo caro e a culpa é do Bolsonaro”.
Na capital pernambucana, o ato ocorreu num supermercado do bairro Madalena, na Zona Oeste. O grupo chegou ao local por volta das 8h30 e encerrou o ato por volta das 15h. A polícia acompanhou.
Em Natal, manifestantes caminharam em passeata numa rua perto de um supermercado gritando palavas de ordem como: “Arroz, feijão, carne e gás, está tudo caro”.
Num vídeo divulgado em redes sociais, manifestantes também pediram a saída do presidente Jair Bolsonaro como forma de solucionar o que denunciaram como alta carestia.
Em Porto Alegre, famílias ocuparam um supermercado com o pedido de 300 cestas para que pudessem passar um “Natal sem fome”, como diziam alguns cartazes. Outros destacavam que 116,8 milhões de brasileiros não têm acesso pelo e permanente a alimentos.
No Rio, o alvo do protesto foi um supermercado de atacado na Tijuca, na Zona Norte do Rio, onde manifestantes estenderam faixas com frases como: “Bolsocaro: gás de cozinha a R$ 105, essa conta não é nossa”. Outro cartaz dizia: “Agro é pop? Fome é morte”.
Também era possível ver a frase do sociólogo Herbert de Souza, fundador da Ação da Cidadania e da campanha Natal Sem Fome: “Quem tem fome tem pressa”. Houve também protesto similar em um supermercado de Macaé, no Norte Fluminense, segundo o MLB.
Em Fortaleza, em vez de um supermercado, os manifestantes se concentraram na Secretaria de Proteção Social do governo do Ceará. Além de alimentos e itens de limpeza, que foram doados pela secretaria, cobraram casas populares para famílias vulneráveis.
Fonte: O Globo
Foto: Reprodução
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