O médico John Swartzberg, professor emérito da cadeira de doenças infecciosas e vacinação da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, faz uma gravíssima advertência.
Diz ele que “'quem não tem imunidade pela vacinação se transforma em fábrica de variantes”.
Completa: “Quando pessoas que não têm imunidade contra esse vírus são infectadas, elas se tornam fábricas de vírus; eles produzem bilhões de partículas virais. E se as pessoas são fábricas de vírus, elas se tornam fábricas de variantes, porque algumas dessas bilhões de partículas virais serão uma variante”.
A variante “Ômicron”, descoberta na África do Sul, ocorreu no momento em que metade do mundo está vacinada, mesmo com doses de reforço, e a outra metade tem taxas de inoculação baixas ou muito baixas.
Para a ciência é ponto incontroverso que não ter conseguido uma vacinação em massa a nível planetário, seja por falta de acesso às doses em alguns países, além da rejeição à imunização em outros, gera milhões de fábricas virais, uma para cada um desses indivíduos.
Serão eles que produzirão a próxima variante do coronavírus.
O professor John Swartzberg declarou temer as possibilidades para as próximas seis a oito semanas e manifestou preocupação com tempos mais difíceis do que os que estamos passando agora.
Nos Estados Unidos, a pandemia delta não acabou, apesar do noticiário falar muito na ômicron.
Há uma semana, no país, 0,7% dos casos estava relacionado à ômicron; agora, essa taxa é de 2,8%, quatro vezes mais.
Essa seria uma pandemia dupla, porém os especialistas admitem a “tridemia”: ômicron, mais delta e mais influenza.
O fundamental é que as pessoas se vacinem.
Não há outra saída.
Será inútil caso apenas “alguns” países ou pessoas se vacinem.
O vírus não reconhece nacionalidades.
Ele procurará e encontrará humanos para infectar. Onde quer que estejam, ele estará lá; nos Estados Unidos, na América do Sul, na África ou em qualquer outro lugar.
O professor John Swartzberg afirma ser “verdade que as pessoas podem contrair a infecção apesar de terem sido vacinadas. Tudo isso é muito verdadeiro. Mas essas infecções nos vacinados são muito menos graves e geralmente não levam as pessoas ao hospital”.
Para aqueles com bom senso, a única alternativa é seguir a ciência e propagar a vacinação.
Protege a si e a coletividade.
Fonte: Ney Lopes
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