De acordo com o jornal, uma das publicações econômicas mais conhecidas do mundo, Lula é o "favorito para vencer por ampla margem".
Confira algumas das previsões:
No Brasil, o editor de América Latina do FT, Michael Stott, prevê que, "apesar das bravatas", o ex-capitão do Exército, "de extrema direita", "terá um fim bem mais prosaico". A inflação alta e uma economia estagnada darão vantagem ao ex-presidente Lula, "favorito para vencer por ampla margem".
Na França, a extrema direita também não sairá vitoriosa das eleições presidenciais de abril, salvo reviravoltas inesperadas. Éric Zemmour, o polemista admirador de Donald Trump, dividirá o voto com Marine Le Pen, que pode não chegar ao segundo turno. Mesmo em segundo turno, ela ou Zemmour provavelmente enfrentariam o presidente Emmanuel Macron, que atrairia os eleitores convencionais. A má notícia para Macron, no entanto, é que ele provavelmente vencerá por uma margem menor do que em 2017, escreve Anne-Sylvaine Chassany, editora de Mundo.
Nas previsões, o jornal também não aposta em uma invasão russa da Ucrânia, apesar da escalada do presidente russo Vladimir Putin. Segundo Ben Hall, editor de Europa do FT, Putin pode alcançar muitos de seus objetivos sem isso: desestabilizar a Ucrânia, dissuadir os aliados de Kiev de fornecer ajuda militar, intimidar a Otan e forçar mais concessões nas negociações para encerrar os combates na região de Donbass, onde separatistas pró-Rússia lutam contra o Exército ucraniano.
A China, por sua vez, também não deve invadir Taiwan, para onde os nacionalistas fugiram após sua derrota na guerra civil, em 1949. Pelo menos não em 2022, apesar da intensificação dos exercícios militares da China e também dos EUA perto de Taiwan, que fica a cerca de 161 km da costa do continente. Para James Kynge, editor de China do FT, um ataque a Taiwan representaria o risco de suicídio econômico para a China, já que os EUA provavelmente imporiam sanções severas.
Nos EUA, o jornal acredita que os democratas perderão a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado nas eleições legislativas de novembro. As eleições de meio de mandato são, normalmente, um revés para o partido que controla a Casa Branca, mas 2022 será mais parecido com o "baque" que os democratas de Barack Obama receberam em 2010, segundo Edward Luce, colunista e editor de Estados Unidos.
Além dos baixos índices de aprovação do presidente Joe Biden, os republicanos têm a seu favor o redesenho dos distritos eleitorais com base no Censo de 2020, de modo a facilitar a vitória de candidatos do partido.
Fonte: Agência O Globo/Último Segundo
Foto: Reprodução/Flickr
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.