Ninguém tinha ilusão de que o ensino remoto seria capaz de manter os níveis de aprendizado na rede pública, que já eram sofríveis em média. Ainda assim, o resultado choca.
Feito em setembro e outubro pela Fundação Lemann, Instituto Natura e a ONG Bem Comum, o estudo teve como base 250 mil alunos do 2ª ano do ensino fundamental. Eram crianças de sete anos espalhadas por dez estados brasileiros.
O levantamento revelou que 74% dos estudantes se enquadravam na categoria dos “não alfabetizados”. Ou seja, conseguiam ler no máximo nove palavras por minuto. Apenas 7% eram “leitores fluentes” entre os examinados.
Em 2019, antes da pandemia, portanto, testes semelhantes mostraram que 52% das crianças eram avaliadas desta maneira.
O resultado — um aumento de quase 50% do que já era desastroso em apenas dois anos — é o efeito incontestável do fechamento das escolas sem que fossem dados recursos para substituir as aulas desses estudantes.
Fonte: Lauro Jardim/O Globo
Foto: Gabriel Monteiro
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COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.