Cacique Marcos Xukuru foi alvo de pedido de afastamento do cargo no âmbito da Operação Pactum Amicis, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (3)
O prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos), é acusado de participar de um suposto esquema para direcionar licitações superfaturadas no município, no Agreste. Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), três empresários eram favorecidos e teriam recebido mais de R$ 6 milhões nos últimos quatro anos.
Cacique Marcos foi alvo de pedido de afastamento do cargo no âmbito da Operação Pactum Amicis, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (3). Em nota divulgada nas redes sociais, ele alega inocência e diz sofrer perseguição política.
O Diario de Pernambuco apurou que o prefeito já é réu por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) por causa das supostas fraudes em licitações. A ação civil, aceita no dia 10 de janeiro, foi proposta pelo MPPE.
Segundo a promotoria, as irregularidades teriam começado a partir de 2021, durante a gestão do ex-prefeito Bal de Mimoso (Republicanos), que também foi acusado pelo esquema. Ele afirma que todas as contratações da sua gestão foram legais.
Na época, Cacique Marcos era secretário municipal de Governo e Planejamento e teria se aproveitado do cargo para “organizar, participar e validar os processos licitatórios fraudulentos”. Outros cinco agentes públicos, que teriam atuado para “esquentar” as contratações irregulares, respondem ao mesmo processo.
Favorecimento em licitações
Na ação, o MPPE diz que a Prefeitura de Pesqueira promoveu “licitações fraudulentas”, em que até pessoas da mesma família disputavam a concorrência. Os contratos também teriam “valores desproporcionais ao capital social” das vencedoras.
De acordo com a promotoria, os principais favorecidos eram o casal Aurycleia Pereira de Souza e Osmano Vieira de Melo, que tinham parentes em cargos comissionados na Prefeitura de Pesqueira. O empresário teria, ainda, contrato de locação de imóvel com o município.
Segundo o MPPE, o casal venceu 83,4% das licitações disputadas no período. Também foi identificado concorrência em que eles teriam concorrido entre si – o que teria “desequilibrado a disputa e afetado o princípio da isonomia”, segundo a ação.
O outro empresário favorecido era Albérico Diógenes Ferreira, parente do então diretor do Departamento de Compras da Prefeitura de Pesqueira, de acordo com a ação civil. Ele teria saído vitorioso em 100% das licitações disputadas no período.
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Fonte: Felipe Resk e Mareu Araújo/Diário de Pernambuco
Foto: Instagram