Na linha de tiro do centrão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem disfarçado o cansaço sobre sua permanência do governo.
A pecha de que não tem preocupação com questões sociais e que “não gosta de pobre” são os temas que mais incomodam o ministro hoje.
Na semana passada, quando críticas de Guedes à gestão do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, vazaram, o chefe da pasta da Economia disse a aliados:
— Quem sabe essa não pode ser a deixa para eu sair. — No episódio, o presidente entrou em campo para colocar panos quentes no atrito.
Integrantes do governo não veem disposição de Guedes em deixar o ministério da Economia e afirmam que ele costuma repetir que, se abandonar a Esplanada, o “Brasil se tornará uma Argentina”. O ministro se refere à crise econômica enfrentada pelo país vizinho, com inflação acima de 30%, desemprego e aumento da pobreza.
O ministro tem defendido que uma saída para o Brasil seria a privatização da Petrobras, que possibilitaria a criação de um Fundo de Redução da Pobreza para receber recursos da venda da estatal. Guedes sabe, porém, que a chance do projeto decolar é “quase zero”.
Fonte: Bela Megale
Foto: Reuters
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