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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

GOVERNO FEDERAL TROCA COMANDO DO INSS, QUE TEM QUASE 2 MILHÕES NA FILA À ESPERA POR BENEFÍCIOS

Leonardo Rolim, atual presidente do instituto, foi nomeado Secretário de Previdência do Ministério do Trabalho

O governo federal fez nesta sexta-feira uma mudança no comando do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O presidente do órgão, Leonardo Rolim, foi exonerado do cargo para comandar a Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência. Rolim será substituído por José Carlos Oliveira.

Na Secretaria de Previdência, Rolim substituirá Narlon Gutierre, exonerado nesta sexta-feira. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
A gestão do INSS é um dos pontos frágeis do governo. Em julho, último mês com dados disponíveis, havia uma fila de 1,8 milhão de pessoas aguardando benefícios. Acabar com essa espera é uma promessa do governo, que nunca foi cumprida.
A saída de Rolim foi acertada na semana passada e atende à pressão do Centrão, segundo técnicos do Ministério do Trabalho e Previdência. O novo presidente do INSS tem apoio dos partidos da legenda. Ele foi superintendente do órgão em São Paulo e desde meados do ano exerce a função de diretor de Benefícios.

Rolim era secretário de Previdência e assumiu o comando do INSS em janeiro de 2020 para acabar com a fila. O antecessor, Renato Vieira, também tinha recebido essa missão, mas não conseguiu zerar a fila.
O INSS enfrenta problema de falta de pessoal. O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, autorização para realização de concurso, mas ainda não recebeu o aval. Segundo o INSS, há deficiência de cerca de 7 mil servidores.

Em julho, o governo decidiu desmembrar o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, e recriou a pasta de Trabalho e Previdência, que está sob a tutela de Onyx Lorenzoni. Ele assumiu prometendo novamente zerar a fila.
Lorenzoni chegou a anunciar que chamaria centenas de funcionários da Infraero — estatal que controla aeroportos, hoje quase totalmente privatizados — para atuarem no INSS. Mas até hoje, quase quatro meses depois, não houve ainda este mutirão.

Rolim já comandou a Secretaria de Previdência no início do governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele deixou o cargo em janeiro de 2020, justamente para assumir o INSS. Ele foi substituído por Gutierre, que era scretário-adjunto. 

Fonte: O Globo
Foto: Agência Senado

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