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sábado, 1 de fevereiro de 2020

MP DO RIO RECEBE INFORMAÇÃO DO DISQUE-DENÚNCIA COM PLANO PARA ASSASSINAR PROMOTORA DO CASO MARIELLE

Alerta informou em agosto que ex-capitão Adriano da Nóbrega, chefe de um grupo de matadores, planeja matar Simone Sibilio, coordenadora de operações contra milícias.

Um alerta do Disque-Denúncia, classificado como importante e de difusão imediata, em agosto do ano passado, fez com que o Ministério Público do Rio (MPRJ) redobrasse a segurança dos promotores que atuam no Caso Marielle. A denúncia trazia a informação de um plano para assassinar a coordenadora do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, Simone Sibilio, uma das responsáveis pelas investigações da morte da vereadora Mareielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, há quase dois anos, e das Operações Intocáveis I e II.
Por causa da denúncia, foi aberto um procedimento para investigar a ameaça à promotora. Segundo a informação, a ordem seria do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de ser o chefe do grupo mais expressivo de assassinos de aluguel do Rio, responsável pela milícia de Rio das Pedras e da Muzema, favelas onde as ações do Gaeco, com o apoio da Polícia Civil, ocorreram de um ano para cá. Na quinta-feira, foi desencadeada a Operação Intocáveis II, na qual 45 mandatos de prisão foram expedidos pela Justiça a pedido do Gaeco.
A maioria dos acusados atuava em Rio das Pedras e havia policiais civis e militares a serviço da quadrilha de milicianos, segundo a promotoria. Adriano está foragido e seu nome consta na lista de procurados da Interpol.
Um dos denunciados que foi preso nesta quinta-feira é o ex-PM Dalmir Pereira Barbosa. De acordo com a informação do Disque-Denúncia, Adriano, ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), contaria com o auxílio de Dalmir, um dos chefes do segundo escalão da milícia de Rio das Pedras para o plano do assassinato de Sibilio. O alerta do Disque-Denúncia diz também que ele mora no condomínio Barra Palace e que anda com seguranças. Um deles seria o policial civil aposentado Antonio José Carneiro de Carvalho Lacerda, o Lalá, apontado como responsável por pagar propinas a policiais de delegacias distritais e especializadas. Ele foi preso na operação de quinta-feira.
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Fonte: Vera Araújo
Foto: Guito Moreto/Agência O Globo

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