A Polícia Federal encontrou R$ 30 mil em espécie no Ministério do Turismo na Operação Lavat, deflagrada na última quinta-feira. O dinheiro estava na sala do ex-chefe da assessoria parlamentar do ministério, Norton Domingues Masera, preso temporariamente na operação, que investiga assessores e familiares do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) que estariam cometendo crimes mesmo depois da prisão do político, em junho.
Os policiais também encontraram R$ 10 mil na casa de Masera. Indicado pelo ex-ministro do turismo Henrique Alves para ocupar o cargo, Masera permaneceu como assessor na pasta mesmo com a saída do peemedebista no ano passado. Ele só foi exonerado na última sexta após ser preso temporariamente.
No pedido de prisão enviado à Justiça Federal do Rio Grande do Norte, o Ministério Público Federal descreveu Masera como um dos "relevantes auxiliares" de Henrique Alves e afirmou que a permanência dele na pasta do Turismo "envidencia a continuidade de influência do ex-parlamentar no governo federal".
No celular do peemedebista analisado pela PF foram encontradas mensagens entre ele e Masera sobre "troca de cargos estratégicos e liberação de verbas no Ministério do Turismo" em municípios do Rio Grande do Norte.
O empresário Frederico Queiroz, preso em junho na mesma operação que levou Henrique Alves para trás das grades e hoje delator, apontou Masera como "um dos responsáveis pelo esquema de lavagem de dinheiro na campanha de Henrique Alves ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte em 2014". Queiroz afirmou também que era Masera quem viajava para diferentes cidades, inclusive para São Paulo, "a fim de receber vantagens indevidas oriundas da Odebrecht".
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