Procedimento do Ministério Público do Distrito Federal é preliminar.
Ex-presidente da estatal é suspeito de comandar esquema de corrupção.
A Procuradoria da República no Distrito Federal informou nesta segunda-feira (2) que foi aberta uma investigação preliminar para apurar se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cometeu improbidade administrativa em relação a denúncias de suposto esquema de corrupção na Casa da Moeda, vinculado ao ministério.
O procedimento é uma investigação preliminar, aberta no dia 29 de março, que deverá ser concluída em 90 dias prorrogáveis por mais 90. Caso a apuração não seja concluída em até 180 dias, a investigação será convertida em inquérito civil, e terá prazo de um ano para ser concluída.
Procurada pelo G1, a assessoria do Ministério da Fazenda ainda não havia se pronunciado oficialmente até a última atualização desta reportagem.
O ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci foi apontado como chefe de um suposto esquema de corrupção no órgão. Segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" ele é suspeito de receber propina de fornecedores do órgão por meio de duas empresas no exterior. Ao jornal ele atribui a denúncia a uma briga partidária dentro do PTB, que indicou seu nome.
Os procuradores vão investigar se houve omissão do ministros da Fazenda em relação às supostas irregularidades ocorridas na Casa da Moeda. Denucci foi demitido em 28 de janeiro deste ano.
"Em tese, o reportado Ministro de Estado admitiu ter sido advertido acerca da conduta ilícita de Denucci; entretanto, permitiu que este continuasse na presidência daquela empresa pública", afirmou o procurador no despacho de abertura da investigação.
A investigação, que será conduzida pelo titular do 3º Ofício de Patrimônio Público, procurador da República Júlio Carlos Schwonke, foi motivada por representação apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR) por um grupo de parlamentares, entre eles o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que é suspeito de beneficiar o empresário do ramos de jogos ilegais, Carlinhos Cachoeira.
O pedido de investigação foi enviado pelo procurador-geral, Roberto Gurgel, ao MPF no DF no dia 16 de março, por se tratar de uma irregularidade da área cível investigada pelo MP na primeira instância.
Fonte: Débora Santos/G1
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