Trio é acusado de participar de esquema que incluía envio de drogas por meio de aeronaves militares que pousavam no interior do Amazonas
Três militares da Aérea Brasileira (FAB) foram presos acusados de usar aviões da corporação para transportar drogas entre a Colômbia, a Venezuela e o Brasil.
A investigação é da Polícia Civil do Amazonas. As prisões ocorreram na segunda-feira (3), mas a informação só foi divulgada nesta quinta (6). A identidade dos militares não foi divulgada.
Os militares têm 22, 23 e 26 anos. Eles são suspeitos de colocar e retirar drogas de voos que passavam por São Gabriel da Cachoeira, município amazonense que fica na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela.
Há um aeroporto militar em São Gabriel da Cachoeira. A droga tinha como destino final Manaus, a capital do Amazonas, onde era entregue a integrantes de uma facção criminosa, ainda de acordo com a investigação.
O esquema criminoso começou a ser investigado em junho de 2024, após flagrante de 342 quilos de drogas, que resultou na prisão em flagrante de cinco pessoas. Entre eles, um soldado da ativa do Exército Brasileiro e dois ex-militares.
Com o grupo, policiais militares apreenderam 252 tabletes de maconha tipo skunk em uma casa de São Gabriel da Cachoeira. Além da droga, a PM também apreendeu celulares e uma mota no imóvel. Uma equipe da PM chegou ao local por meio de denúncia anônima.
Já na última segunda-feira, além dos três militares, outras duas pessoas também foram detidas, incluindo um homem de 42 anos, apontado como responsável por financiar o grupo e lavar o dinheiro para o tráfico de drogas por meio do aluguel de veículos.
Investigadores dizem ter provas de que o homem movimentou cerca de R$ 2 milhões em 2024, embora declarasse uma renda de apenas R$ 1 mil por mês. Com ele, foram apreendidos três carros e quatro motos.
Outro homem, de 26 anos, preso em Santa Isabel do Rio Negro (AM), tinha como função recrutar pessoas para transportar as drogas até a capital amazonense.
As prisões ocorreram durante a operação Queda do Céu, deflagrada pela Delegacia Especializada de Polícia da cidade na segunda-feira. Em nota, a FAB disse que está ajudando nas investigações policiais, além de repudiar a conduta dos suspeitos.
“O Comando da Aeronáutica reitera que não compactua com condutas que não estão de acordo com os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”, diz trecho da nota.
Fonte: Renato Alves/O Tempo
Foto: Divulgação/FAB
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