Problemas ocorreram na fase de análise de currículos, responsável por 10% da nota final do candidato
Conforme a conselheira do CFM Rosylane Nascimento Rocha, foram registrados mais de 500 mandados de segurança individuais solicitados por candidatos de todo o Brasil. “O maior concurso para formação de médicos especialistas do país está com um grave problema. São denúncias sobre falta de transparência e a forma de avaliação dos currículos”, diz.
Uma das ações anunciadas pelo CFM é o acionamento do Congresso Nacional. O objetivo é que o Poder Legislativo convoque os representantes pelo concurso — a Fundação Getulio Vargas e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) — para responder aos questionamentos dos candidatos.
Erro absurdo
A médica Agatha Soyombo, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é uma das candidatas que denuncia erro na fase de avaliação do currículo. “Minhas notas permaneceram erradas, mesmo depois do recurso administrativo. Está acontecendo um erro absurdo”, desabafou em vídeo publicado nas redes sociais.
Segundo reportou a médica, ela teve o histórico escolar zerado, mesmo tendo apresentado a documentação da graduação na UFMG, que deveria lhe render 50 pontos. “A banca simplesmente não aceitou os documentos sem dar justificativa plausível. Um balde de água fria. É uma prova que literalmente define nosso futuro”, destacou.
O outro lado
Em nota, a FGV, banca responsável pelo exame, afirmou que “reitera o seu compromisso com a higidez, transparência e isonomia do exame”. Além disso, declarou que o resultado preliminar da nota final foi divulgado em 21 de janeiro e que os candidatos puderam interpor recursos nos dias 22 e 23.
Por fim, afirmou que “todos os recursos serão devidamente apreciados e o resultado definitivo da nota final divulgado conforme cronograma previsto”. O posicionamento foi enviado à reportagem na semana passada. O TEMPO questionou se há uma atualização e aguarda retorno.
Fonte: Gabriel Rezende e Juliana Siqueira/O Tempo
Foto: Pixabay
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