Neste século, em Alexandria, nenhuma eleição municipal teve um número maior de abstenções que a eleição de 2024
É "cultural" da região, infelizmente, que uma grande parcela do eleitorado segue quem aparenta ser o favorito. Isso, creio, ninguém duvide. Traduzindo: quem aparece melhor nas pesquisas de opinião pública e/ou nas conversas de esquinas, comum a cidade pequenas, ganha um percentual deste eleitoral semianalfabeto politicamente, mesmo que não seja o nome que este percentual gostaria de votar.
E, avaliando os dados, vejo que os votos obtidos pelo vencedor, que totalizou 5.148 sufrágios, foi maior em 571 votos. Ou seja, bastariam 286 votos, (pouco mais da metade), para os votos somados de Jânia Fernandes e Aline Souza, ultrapassar o montante alcançado pelo prefeito eleito. E avalio que um número muito maior que 286 votou no vencedor unicamente por está na frente nos levantamentos estatísticos.
E mais: o eleitorado de Alexandria, contava 11.899 eleitores. Destes, somente 5.148 votaram no vencedor. O que equivale a 43,26% do contingente eleitoral. Ou seja, não equipara-se a maioria simples dos alexandrienses que desejou o gestor que hoje ocupa o cargo. Mas o sistema aponta o que obter maior número de votos. E isso concede-lhe o direito nato de gerir os rumos do município.
Outro ponto interessa a se observar, é o número eleitores que foram às urnas, mas não escolheram nenhum dos concorrentes: 342 eleitores. Ou seja, 3,36% do colégio eleitoral alexandriense. O suficiente para, em caso de união das duas então candidatas derrotadas, ultrapassarem o vencedor. Afinal, quem vai as seções tem no mínimo o desejo de votar. Se não escolhem um dos nomes em disputa, é por divergências, em sua grande maioria. Acrescente a isso, o percentual de abstenções, que ficou em 14,50%, ou 1.725 eleitores que simplesmente não compareceram aos locais de votação.
Abstenções
No que tange a abstenções, ver-se que neste século, em Alexandria, nenhuma eleição municipal teve um número maior de abstenções que a eleição de 2024. Foram 1.725 pessoas que preferiram não comparecer às urnas. Ou seja, abdicaram do seu direito de votar.
Eleições Anteriores
No embate de 2020, quando Jeane Saraiva buscou a reeleição, ela obteve 5.418 votos. Antes, em 2020, conseguiu eleger-se atingindo 4.610 com todo o "aparato" que tinha. Todos lembram. Ou seja, após a gestão que encerrou-se em 31 de dezembro de 2020, o nome de Jeane Saraiva era muito mais forte do que 2016, mesmo não tendo todo o citado "aparato" de forma integral. Quem é de Alexandria e/ou conhece todo o emaranhando, sabe ao que me refiro. O "poder" oculto já não era tão grandioso como em 2016.
De posse destes números e índices, arraigou-me no direito de estabelecer tal pensamento.
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