O avanço do PIB industrial potiguar foi impulsionado por diferentes setores, com a liderança para a extração de petróleo e gás natural, seguido da fabricação de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, da construção civil e da produção de alimentos. A retomada de investimentos públicos e privados foi um dos fatores determinantes para esse salto, o qual posiciona o Rio Grande do Norte como um importante polo econômico no Nordeste, especialmente em áreas estratégicas como energia renovável e infraestrutura.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, destacou que o crescimento da indústria potiguar vem sendo constatado desde 2019, dentro de um conjunto de circunstâncias que favorecem o setor. “A primeira delas foi a reestruturação do Programa de Incentivo Fiscal do Rio Grande do Norte, que não só atualizou a lei, como também a tornou mais competitiva frente aos demais estados do Nordeste”, pontua.
Outro fator relevante foi a recuperação do setor de Petróleo e Gás na região Oeste Potiguar, que voltou a atrair investimentos importantes. Em 2023, o Estado registrou a maior produção de petróleo e gás em quatro anos, em um processo crescente desde 2020. Além disso, “as boas notícias sobre a exploração da Margem Equatorial colocam o Estado em uma posição estratégica para o futuro”, destaca Serquiz, que prevê a manutenção do crescimento industrial nos próximos anos.
A extração de petróleo e gás natural continua sendo o principal motor da indústria potiguar, com uma participação de 24,5% no PIB industrial, o que significa um montante de R$ 5,78 bilhões produzidos por 17 indústrias – números que colocam o RN em destaque nacional como um dos principais produtores de petróleo em terra. A pujança do setor também tem impacto positivo sobre outros segmentos, direta ou indiretamente, como serviços e transportes, que são beneficiados pela grande movimentação econômica gerada por essas atividades.
Embora a discussão sobre transição energética esteja em pauta, Serquiz acredita que o Rio Grande do Norte tem condições de conciliar o desenvolvimento do setor de petróleo com as estratégias tecnológicas de longo prazo. “Não vejo como incompatíveis o desenvolvimento da cadeia do petróleo e a transição para energias renováveis. Pelo contrário, o RN pode se consolidar como o ‘Estado das Energias’, aproveitando sua vocação tanto para combustíveis fósseis quanto para as novas fontes de energia”. No entanto, ele reforça que “ainda é necessário avançar em políticas públicas para garantir que o Estado aproveite plenamente seu potencial”.
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Fonte: Bruno Vital/Tribuna do Norte
Foto: Júnior Santos
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